Segundo um relatório da Meta e da Accenture, 69% das PME precisam de apoios externos para converterem as suas empresas em negócios mais sustentáveis. O mesmo estudo revela que 63% das PME atrasaram ações de resposta às mudanças climáticas devido à falta de competência e conhecimento.
Os eventos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, são apenas os sinais visíveis recentes das alterações climáticas que estão a causar impactos devastadores na comunidade e no meio ambiente. Em 2022, estima-se que houve 1.977 incêndios florestais em toda a região da Europa, três vezes mais do que a ocorrência normal, levando milhares de pessoas em Portugal, França e Espanha a evacuarem as suas casas. As temperaturas medias têm subido ao longo da última década e fica mais evidente que as empresas, governos e consumidores, precisam de agir para combater os efeitos das alterações climáticas.
Numa pesquisa realizada em parceria com a Accenture, a Meta lançou o ‘Unlocking the Potential of SMBs in Climate Action’, um relatório sobre as principais necessidades das pequenas e medias empresas (PME) para combater as alterações climáticas – o relatório é o resultado de dois inquéritos realizados em 43 países, o primeiro em julho de 2021, a mais de 35 mil PME, e o segundo inquérito, em julho de 2022, junto de cerca de 38 mil PME de todo o mundo.
O relatório demonstra que 69% das PME precisam de fundos externos para alterarem as empresas para um negócio mais sustentável. No entanto, em mais de 90 países, o apoio financeiro existente para iniciativas verdes nas PME é inferior a 3%. O relatório ainda revela que 63% das PME atrasaram ações climáticas devido à falta de competência e conhecimento e 40% das PME atrasaram as medidas sustentáveis por falta de tempo.
Individualmente, as ações climáticas das PME podem ter um impacto pequeno, mas quando reunidas, têm um poder coletivo imenso. Só na União Europeia as PME representam 99% das empresas e contribuem para mais de metade do PIB europeu. As PME também são responsáveis por 63% das emissões de carbono na Europa. E as ações destas empresas podem influenciar as decisões dos restantes negócios e comunidades em volta.
