Manutenção de imóveis: como prolongar a vida útil de um prédio

Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

Apesar de percecionadas pela maior parte dos condomínios como pouco prioritárias, as intervenções periódicas de manutenção predial evitam atuações corretivas com custos acrescidos de tempo e dinheiro. Neste artigo Nuno Garcia, especialista em gestão de obras aponta dicas para a valorização de edifícios, para uma gestão de condomínio eficiente.

Devido ao desgaste progressivo dos materiais de construção, qualquer edifício tem uma vida útil limitada a uma média de 50 a 100 anos. A sua maior ou menor longevidade depende de três grandes fatores: qualidade da construção; o tipo de utilização; e a manutenção que recebe ao longo do tempo.

Nuno Garcia, diretor geral da GesConsult, empresa especializada na gestão e fiscalização de obras, explica que “em vez de associarem a manutenção a um custo indesejado, os condomínios devem analisá-lo à luz de um investimento no património, que garante a segurança e o conforto de quem habita no imóvel, com vista à extensão da durabilidade do edifício e à sua valorização, num mercado que sabemos ser competitivo”.

Entre as dicas de gestão de condomínio que apoiam uma vida útil dos edifícios mais longa, a GesConsult destaca cinco:

Planear a manutenção

Minimizar custos em manutenções ou em correções urgentes passa por identificar as ações de inspeção e conservação necessárias, de modo a prevenir a degradação dos edifícios e dos diversos equipamentos, garantindo as necessárias condições de utilização;

Identificar obras prioritárias

Após a inspeção, as obras de que depende um bom funcionamento do edifício devem ser consideradas prioritárias. São exemplos os cuidados com as condições das coberturas, limpezas de caleiras, a manutenção dos elevadores ou o estado da pintura exterior. Manda a lei e as regras da boa gestão do condomínio que, pelo menos, de oito em oito anos se realizem obras de conservação nos edifícios;

Acompanhar a execução das obras

Um acompanhamento próximo das intervenções garante a segurança dos condóminos, a transparência na execução das medidas do condomínio e uma colaboração desejável com a empresa contratada. É também essencial ter uma equipa de fiscalização que garanta a qualidade dos trabalhos e que faça a ponte entre os diversos proprietários e a entidade executante;

Investir em eficiência energética

Os sensores de iluminação e os sistemas LED são hoje soluções acessíveis e com impactos positivos nos consumos. A instalação de painéis solares ou uma revisão da caixilharia garantem mais conforto, bem-estar geral e uma poupança na conta de eletricidade. Existem cada vez mais programas de financiamento deste tipo de soluções, como é caso da “Casa Eficiente”, que prevê 200 milhões de euros para a realização de pequenas obras, com vista à melhoria da eficiência energética de casas e condomínios;

Valorizar e adaptar aos novos tempos

O valor de cada fração aumenta se o ambiente geral do prédio for bom, por isso, a manutenção regular deve abranger todo o imóvel. Sempre que possível, devem ser feitas melhorias no prédio que permitam o acesso digno a pessoas com mobilidade reduzida, com a instalação de rampas ou plataformas. E em tempo de pandemia, a instalação de sistemas touchless e a disponibilização de equipamentos de desinfeção são boas medidas preventivas para todos quantos habitam no condomínio.

Reduzir riscos, garantir segurança e minimizar custos aos condomínios são algumas das vantagens da manutenção predial.

A GesConsult, empresa especialista em gestão e fiscalização de obras, fundada em 2014, opera na área da engenharia e imobiliário, para apoio à gestão de imóveis de todas as dimensões e estados de conservação.    

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