Apesar de percecionadas pela maior parte dos condomínios como pouco prioritárias, as intervenções periódicas de manutenção predial evitam atuações corretivas com custos acrescidos de tempo e dinheiro. Neste artigo Nuno Garcia, especialista em gestão de obras aponta dicas para a valorização de edifícios, para uma gestão de condomínio eficiente.
Devido ao desgaste progressivo dos materiais de construção, qualquer edifício tem uma vida útil limitada a uma média de 50 a 100 anos. A sua maior ou menor longevidade depende de três grandes fatores: qualidade da construção; o tipo de utilização; e a manutenção que recebe ao longo do tempo.
Nuno Garcia, diretor geral da GesConsult, empresa especializada na gestão e fiscalização de obras, explica que “em vez de associarem a manutenção a um custo indesejado, os condomínios devem analisá-lo à luz de um investimento no património, que garante a segurança e o conforto de quem habita no imóvel, com vista à extensão da durabilidade do edifício e à sua valorização, num mercado que sabemos ser competitivo”.
Entre as dicas de gestão de condomínio que apoiam uma vida útil dos edifícios mais longa, a GesConsult destaca cinco:
Planear a manutenção
Minimizar custos em manutenções ou em correções urgentes passa por identificar as ações de inspeção e conservação necessárias, de modo a prevenir a degradação dos edifícios e dos diversos equipamentos, garantindo as necessárias condições de utilização;
Identificar obras prioritárias
Após a inspeção, as obras de que depende um bom funcionamento do edifício devem ser consideradas prioritárias. São exemplos os cuidados com as condições das coberturas, limpezas de caleiras, a manutenção dos elevadores ou o estado da pintura exterior. Manda a lei e as regras da boa gestão do condomínio que, pelo menos, de oito em oito anos se realizem obras de conservação nos edifícios;
Acompanhar a execução das obras
Um acompanhamento próximo das intervenções garante a segurança dos condóminos, a transparência na execução das medidas do condomínio e uma colaboração desejável com a empresa contratada. É também essencial ter uma equipa de fiscalização que garanta a qualidade dos trabalhos e que faça a ponte entre os diversos proprietários e a entidade executante;
Investir em eficiência energética
Os sensores de iluminação e os sistemas LED são hoje soluções acessíveis e com impactos positivos nos consumos. A instalação de painéis solares ou uma revisão da caixilharia garantem mais conforto, bem-estar geral e uma poupança na conta de eletricidade. Existem cada vez mais programas de financiamento deste tipo de soluções, como é caso da “Casa Eficiente”, que prevê 200 milhões de euros para a realização de pequenas obras, com vista à melhoria da eficiência energética de casas e condomínios;
Valorizar e adaptar aos novos tempos
O valor de cada fração aumenta se o ambiente geral do prédio for bom, por isso, a manutenção regular deve abranger todo o imóvel. Sempre que possível, devem ser feitas melhorias no prédio que permitam o acesso digno a pessoas com mobilidade reduzida, com a instalação de rampas ou plataformas. E em tempo de pandemia, a instalação de sistemas touchless e a disponibilização de equipamentos de desinfeção são boas medidas preventivas para todos quantos habitam no condomínio.
Reduzir riscos, garantir segurança e minimizar custos aos condomínios são algumas das vantagens da manutenção predial.
A GesConsult, empresa especialista em gestão e fiscalização de obras, fundada em 2014, opera na área da engenharia e imobiliário, para apoio à gestão de imóveis de todas as dimensões e estados de conservação.