Serão as empresas inovadoras mais maduras digitalmente? É esta a questão que procuraremos responder neste artigo.
Longe vão os tempos onde a inovação era toda analógica, onde aliando a mecânica à criatividade humana se produziam inovações que fizeram a humanidade avançar. A invenção da roda, da máquina a vapor, são dois bons exemplos disso mesmo.
No mundo atual, onde negócio e digital são sinónimos, poderemos ser levados a pensar que apenas as organizações que inovem digitalmente serão as melhores e terão um desenvolvimento superior e, portanto, uma maior sustentabilidade.
Todos sabemos que a necessidade de mudança é uma tendência inevitável, seja pela exigência dos consumidores nas plataformas B2C [business to consumer] ou dos clientes nas B2B [business to business]. Quem não inova perde competitividade.
Aliado à Digitalização dos negócios, surge a transformação digital, que, salvo melhor definição, significa a adoção de processos e práticas empresariais que ajudam a organização a competir num mundo cada vez mais digital.
Porém, nem todas as empresas acreditam na implantação de ambientes digitalizados como vantagem competitiva no mercado e existem até negócios onde isso nem faz sentido. Estou a pensar em negócios de proximidade, onde o serviço ao cliente faz grande parte da diferença. Estou a falar de simpatia, profissionalismo e bons produtos para vender.
Por exemplo, de que serve a um restaurante ter uma forte presença nas redes sociais se não tem produto ou empregados competentes?
As empresas maduras digitalmente atingem o sucesso com o aumento da colaboração, sabendo dimensionar a inovação e reestruturando a abordagem em relação aos seus talentos.
Uma organização madura digitalmente não investe apenas em tecnologia para mudar a sua experiência do cliente, as suas operações e modelos de negócios.
Deve, igualmente, encetar esforços na formação de capacidades de liderança e, com isso, alinhar a tecnologia com as estratégias de negócio e formação das pessoas.
Será deste triângulo dourado que as empresas conseguirão responder adequadamente ao ambiente competitivo: com gestores preparados e com conhecimentos práticos das tendências digitais, para que a empresa se adapte de maneira correta ao contexto; com colaboradores com formação adequada às suas funções e usando corretamente as tecnologias, só assim será possível adquirir a maturidade digital.
Em conclusão, as empresas inovadoras serão mais maduras digitalmente, se perceberem que a mudança começa em nós, vem de dentro para fora, do ADN da empresa, e não das imposições do mercado, mas sempre atentos às suas tendências.