Mercado de escritórios em forte expansão

Imagem de Anna Zielińska do Pixabay

A ocupação do mercado de escritórios triplicou nos primeiros meses de 2022. O ritmo de crescimento é comum a Lisboa e ao Porto, revela o Office Flashpoint da JLL.

A JLL divulgou a edição de abril do seu relatório mensal referente ao mercado imobiliário de escritórios. O Office Flashpoint, revela que o mercado de escritórios se encontra em franca expansão, quer em Lisboa quer no Porto. No acumulado do ano, até ao mês passado, Lisboa somava 121.300 m2 de ocupação, num volume que praticamente triplicou os 41.700 m2 tomados no mesmo período do ano passado. No Porto, o crescimento foi semelhante, com os 15.000 m2 ocupados nos primeiros quatro meses de 2022 a superarem em mais de três vezes os 4.400 m2 de take-up registados no período homólogo.

O mês de abril deu o principal contributo para esta evolução acumulada, gerando 47% da ocupação anual em Lisboa e 61% no Porto. O mês foi marcado pela conclusão de várias operações de grande dimensão de pré-arrendamento ou tomada de edifícios próprios.

Em Lisboa, evidencia-se a pré-ocupação própria dos edifícios EXEO-Echo e EXEO-Aura pelo BNP Paribas, numa área agregada de 38.300 m2, ou seja, o equivalente a 67% da ocupação mensal registada no mercado, que ficou em 57.000 m2. Neste mês, o mercado de Lisboa registou 17 transações, com uma área média de 3.350 m2.

Estas operações influenciaram a segmentação do mercado, com o Parque das Nações, onde se situam estes edifícios, e as empresas de Serviços Financeiros, a agregarem 70% do take-up mensal. No Porto, o mês terminou com 10 operações no total de 9.200 m2 tomados, dos quais 49% dizem respeito a uma operação de pré-arrendamento. Trata-se da tomada de 4.500 m2 no edifício Joana D’Arc pela empresa de co-working IWG/SPACES. Matosinhos, onde se situa este edifício, foi, assim, a zona mais ativa, com 70% do take-up mensal, e o setor de Serviços a Empresas o mais dinâmico, com 59% do take-up mensal.

Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, sublinha que “o 2º trimestre inicia com uma dinâmica excelente nos dois mercados, fortemente impulsionados por operações de pré-arrendamento ou pré-ocupação própria, o que sinaliza a necessidade que a procura sente de garantir antecipadamente o espaço para as suas instalações. Os próximos meses vão dar continuidade a esta forte dinâmica de procura e não há dúvida de que os projetos novos a entrarem no mercado, ou a entrar brevemente, vão ser rapidamente absorvidos. É tempo de reforçar junto dos promotores a ideia de que é preciso continuar a investir em novos projetos. A procura está em forte crescimento”.

Em termos acumulados, Lisboa foi palco de 62 operações para ocupação de escritórios este ano, numa área média de quase 2.000 m2 por transação. A zona 3 (Novas Áreas de Escritórios) e a zona 5 (Parque das Nações) disputam a preferência das empresas neste período, com quotas de 31% e 39%, respetivamente, de take-up anual. Já em termos de procura, a liderança clara pertence às empresas de Serviços Financeiros, responsáveis por 58% da área ocupada entre janeiro e abril deste ano.

No Porto, a área média por operação continua abaixo dos 1.000 m2, registando-se um total de 22 operações entre janeiro e abril. Neste mercado, a procura tem selecionado Matosinhos como destino preferencial, sendo esta zona geradora de 43% da ocupação anual. Já em termos de setores de procura, as empresas de Serviços a Empresas, com uma quota de 46% do take-up, e as TMT’s & Utilities, com quota de 40%, mostraram ser as mais dinâmicas na absorção de escritórios do Porto até abril.

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