A Geração Z já está a impor as suas regras de trabalho. Segundo o relatório Tendências do Talento 2023, elaborado pela LLYC, a geração mais jovem começa a ter um peso significativo nos novos recrutamentos das empresas e está a forçar as organizações a novas abordagens para atrair novos profissionais.
Maior flexibilidade e mais atenção a questões éticas e ambientais são algumas das condições exigidas pela nova geração. A digitalização e a humanização progressiva do trabalho também irão marcar o mercado laboral nos próximos meses.
O relatório Tendências do Talento, elaborado pela LLYC em colaboração com a DCH – a Organização Internacional de Gestores de Capital Humano – revela que algumas das mudanças ocorridas durante o período da pandemia, são irreversíveis. A digitalização e a aplicação da tecnologia aos processos, juntamente com a humanização progressiva do trabalho, marcarão o mercado de trabalho nos próximos meses.
O mercado de trabalho da corrente década será marcado pela força do efeito Z, uma geração que representará um terço dos quadros de pessoal em 2030. Estes novos profissionais estão a começar a impor às empresas a sua cultura de trabalho, com condições mais flexíveis e maiores exigências éticas.
O profissional da geração Z quer transparência sem filtros, abraça o fulfillment e considera fundamental o onboarding para cimentar a sua relação com a empresa. Uma experiência imersiva e a explosão da inteligência artificial ou o papel do data-office serão também fundamentais num mundo onde a rotatividade se normalizou obrigando as organizações a uma procura constante do talento.
“2023 será um ano em que os Recursos Humanos continuarão a adaptar-se a um momento diferente na relação talento-empresa. O poder permanece nas mãos dos profissionais, que são cada vez mais exigentes. Já não são as empresas que escolhem as pessoas, mas o inverso. Estes são, por conseguinte, tempos de inovação, de repensar o que fazemos e de incorporar novas capacidades semelhantes às do marketing nas equipas para que possamos enfrentar os desafios do futuro”, explica María Obispo, Diretora de Talent Engagement da LLYC.
“Paradoxalmente, a tecnologia e a inteligência artificial podem ser as plataformas ou portas de entrada para um mundo mais humano, solidário e empenhado no nosso ambiente, que é essencialmente o que o Talento espera das organizações, e o que as organizações esperam do Talento”, assegura Juan Carlos Pérez Espinosa, Presidente Global da DCH – Organização Internacional de Gestores de Capital Humano.
“Este relatório mostra-nos as formas de conseguir estabelecer ligações entre estes interesses, que são, na realidade, comuns. Enfrentamos novos tempos que irão romper com os modelos tradicionais, estabelecendo processos de trabalho mais rápidos, eficientes e flexíveis e, na mesma linha, o conceito de mobilidade e espaços de trabalho”, acrescenta.