O mercado imobiliário em Portugal continua dinâmico, com 8% das casas anunciadas no idealista em dezembro de 2024 a serem vendidas em menos de sete dias, revela um estudo do marketplace imobiliário do sul da Europa, publicado pela plataforma Idealista. Além disso, 20% das casas foram vendidas entre uma semana e um mês, enquanto 31% permaneceram no mercado entre um e três meses. O tempo médio de venda prolongou-se para 32% das casas, que levaram entre três meses e um ano, e 9% dos imóveis ficaram disponíveis por mais de um ano.
Faro lidera “vendas expresso” entre capitais de distrito
As “vendas expresso”, ou seja, as transações concluídas em menos de uma semana, são mais comuns em algumas zonas do país. Entre as capitais de distrito, Faro destaca-se com 46% das casas vendidas em menos de sete dias. No Porto, esta percentagem é de 11%, seguido de Leiria, Coimbra, Setúbal e Viana do Castelo (9%). Também com vendas rápidas acima da média nacional encontram-se Ponta Delgada e Aveiro (8%).

Por outro lado, as capitais onde as vendas foram mais lentas incluem Bragança (4%) e Viseu (3%), enquanto em Lisboa apenas 5% das casas foram vendidas em menos de uma semana.
Distribuição regional: Faro, Bragança e Guarda com maior dinamismo
Quando analisados os distritos e ilhas, os padrões de venda diferem das capitais. Faro, Bragança e Guarda registaram as maiores percentagens de vendas rápidas, com 11% das casas vendidas em menos de sete dias. Seguiram-se Braga (10%), Porto (9%), Setúbal e Castelo Branco (8%) e Coimbra, Lisboa e Aveiro (7%).
Já as zonas onde o tempo de venda foi mais prolongado incluem Vila Real e Viseu, ambos com apenas 3% de transações rápidas, seguidos de Portalegre, Santarém e São Miguel, todos com 4%.

Tendências e impacto no mercado
Os dados mostram que o ritmo de vendas varia significativamente consoante a região, com o Algarve e algumas cidades do norte e centro a registarem um elevado dinamismo. Já Lisboa e algumas zonas do interior apresentam um mercado mais lento, possivelmente devido a preços elevados, menor procura ou oferta menos competitiva.
Com a crescente procura por imóveis e um mercado aquecido, a tendência das “vendas expresso” pode continuar em 2025, especialmente em regiões com alta atratividade para investidores e compradores que procuram soluções habitacionais rápidas e acessíveis.