A Noesis organizou mais uma edição do Lisbon Data & AI Forum, reunindo especialistas nacionais e internacionais para debater o impacto da Inteligência Artificial e da análise de dados na transformação digital. Nelson Pereira, CTO da Noesis, sublinha o papel de Portugal como incubadora de inovações em IA.
A consultora tecnológica Noesis, com origem portuguesa e presença internacional, organizou a 8ª edição do Lisbon Data & AI Forum, um dos eventos de referência em Portugal nas áreas de inteligência artificial (IA) e análise de dados. O evento reuniu especialistas de empresas de renome como Flightradar24, Bayer, Fidelidade, Brisa, Banco de Portugal e EDP, entre outros, que partilharam experiências e reflexões sobre o uso da Inteligência Artificial na transformação digital. Nelson Pereira, Administrador e CTO da Noesis, descreveu o evento como “acima das expectativas”, destacando o elevado número de inscrições e a qualidade dos painéis.
Para Nelson Pereira, a importância de eventos como este está na oportunidade de apresentar o que se faz em Portugal e no estrangeiro, funcionando como um ponto de contacto entre empresas e inovadores do setor. “A nossa postura é internacional e é mostrar isso mesmo,” afirmou, destacando a presença da Noesis em mercados como os Estados Unidos, Brasil, Inglaterra, entre outros. Mais do que promover diretamente os seus serviços, a Noesis procura colocar a marca e o conhecimento no centro do debate, colaborando com outras empresas para acelerar a inovação.
Questionado sobre o papel de Portugal no panorama global da IA, Nelson Pereira defendeu que os pequenos países atuam frequentemente como incubadoras de tecnologia. Segundo o CTO da Noesis, Portugal beneficia de um mercado mais pequeno, que permite experimentar tecnologias emergentes com menor risco e maior agilidade, o que contrasta com países como os Estados Unidos e o Brasil, onde as decisões tecnológicas são implementadas em larga escala e com maiores consequências. “Portugal acaba por ser uma incubadora”, referiu, salientando que esta abordagem pioneira tem permitido ao país testar e provar novas soluções antes de serem adotadas por grandes potências.
No entanto, Nelson Pereira alerta para a rapidez das mudanças tecnológicas no campo da IA. Segundo ele, as empresas que planeiam projetos de longo prazo, com equipas extensas e previsões demoradas, correm o risco de ficarem obsoletas antes de concluírem as suas iniciativas. “A IA evolui tão rapidamente que, em muitos casos, as empresas precisam de implementar rapidamente para ver resultados concretos e manterem-se competitivas,” explicou.