O número de desempregados registados diminuiu em 28.619 pessoas ao longo do ultimo ano e houve a maior queda mensal nas contribuições à Segurança Social da série histórica. Em fevereiro, os pedidos de emprego diminuíram em -4.071 e os desempregados em -6.441 pessoas, em relação ao mês anterior.
A Randstad nota decréscimo no número de desempregados registados. A empresa especializada na gestão de talento analisou dados provenientes das estatísticas do Serviço Público de Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, com o objetivo de identificar evoluções ao nível do mercado de trabalho.
Com base nesta pesquisa, a Randstad verificou em janeiro e fevereiro uma diminuição do número de desempregados registados que, quando comparados com igual período do ano anterior, diminuiu em 28.619 pessoas, ao mesmo tempo que também foi registada a maior queda mensal nas contribuições à Segurança Social da série histórica.
Analisando o comportamento mensal, é possível perceber que em fevereiro, comparado com o mês de janeiro, o número de desempregados apresentou um decréscimo em 6441 pessoas (-2,0%). Nessa sequência, os pedidos de emprego também diminuíram, em 4.071 (-0,8%).
Já ao observar os dados interanuais, as estatísticas demonstram que, em comparação com fevereiro de 2022, existiu também uma diminuição nas duas variáveis, mas com uma queda de -40.032 pedidos de emprego (-7,8%) e a diminuição de pessoas desempregadas em -28.619 (-8,3%).
Em termos de regiões, esta descida comportou-se de forma comum no período homólogo. Verificou-se uma intensidade ligeiramente maior na Região Metropolitana de Lisboa. Com -11.686 pessoas desempregadas, o equivalente a 10,2%, esta área aproximou-se, em termos de valores, da Região Norte, com um decréscimo de 9.820 pessoas, ou seja, cerca de -7,7%.
Em linha com esta tendência está também a Região Autónoma da Madeira, com -4.642, o que representa – 10,7%.O Alentejo foi o local onde se verificou um aumento no desemprego, correspondente a 7,3%, traduzido em 1092 pessoas. Já em comparação relativamente ao período mensal, o decréscimo foi generalizado em todas as regiões, com especial destaque para o Norte e Algarve.
Em conclusão, a região Norte apresenta o maior número de desempregados registados no país, com 118.202 pessoas contabilizadas em janeiro de 2023.
Em termos de ofertas, os centros de emprego portugueses demonstraram um decréscimo anual, uma vez que registaram menos 3.894 ofertas (-22,5%). Apresentaram, porém, um crescimento mensal de ofertas, sobretudo do setor dos serviços.
Desemprego atinge mais as mulheres
Os dados indicam ainda que, das pessoas inscritas como desempregadas nos Centros Nacionais de Emprego, 56% são mulheres e 44% são homens, correspondendo cerca de 29% a pessoas com mais de 55 anos e uma menor parte a menores de 25 anos, cerca de 11%. É possível também perceber que o grupo profissional que apresenta maior número de desempregados foi o de trabalhadores da limpeza, seguido dos vendedores.
Por fim, quanto às colocações realizadas pelos serviços nacionais de emprego, no mês de fevereiro, o valor apresenta uma ligeira subida quando comparado com o mesmo período do ano anterior, mas uma descida relativamente ao mês anterior.
Uma outra vertente que estes dados destacam está relacionada com as contribuições para a Segurança Social, que apresentaram uma queda acentuada, com destaque na região de Lisboa, a apresentar -89.985 pessoas.
Há ainda a destacar que, das contribuições efetuadas, existe uma diminuição na comparação com o mês anterior e relativamente às contribuições por trabalho dependente. Quanto a uma comparação interanual, existiu um ligeiro aumento. Neste tipo de trabalho, as remunerações apresentam ligeiras descidas mensais, porém, um aumento de 7,6% em relação a janeiro de 2022, com Lisboa a liderar em termos de valor, e Beja no polo oposto.
Relativamente às contribuições por trabalho independente, a tendência em termos de evolução permanece negativa, tal como já havia sido iniciado no final de 2021.