Novas ideias, novos relacionamentos, partilha de recursos, soluções inovadoras, redes mais fortes ou legitimidade reforçada, mais retorno e custos mais baixos são apenas alguns dos benefícios da colaboração. No entanto, estas vantagens colaborativas debatem-se constantemente com uma força oposta, a inércia colaborativa, que conduz a experiências negativas como discussões infindáveis, parceiros pouco participativos e que não atuam, reuniões improdutivas ou falta de participação, levando não raras vezes a que os empreendedores prefiram o caminho mais solitário.
nPara ultrapassar a inércia colaborativa e tirar partido das vantagens colaborativas, há que conseguir os melhores padrões de representatividade e de interação, fomentar a confiança entre os intervenientes, evitar consensos artificiais, atingir entendimentos que permitam uma ação concertada, evitar as armadilhas (como excluir participantes para tornar a discussão mais fácil e conveniente para o nosso ponto de vista), e ainda comunicar de forma a não apenas transmitir mas produzir informação útil.
Colaborar significa perceber que pessoas de diferentes organizações têm linguagens diferentes, interesses distintos, recursos particulares que querem proteger. Mas que apesar dessas diferenças é possível desenhar estruturas e processos que permitam colaborar. É fundamental e urgente fazê-lo, sobretudo se tivermos em conta o momento de crise que atravessamos. Desenvolver a nossa capacidade de colaborar e tomar decisões de qualidade em conjunto, de forma ética, sustentável e que envolvam parceiros relevantes, de formas pertinentes, é um dos maiores desafios para os empreendedores do século XXI.