Se trabalha com influência digital no Instagram, temos boas e más notícias: as más notícias são que existem mudanças e essas vão criar impacto nos influenciadores, as boas são que as mudanças não precisam afetar o seu trabalho.
Depois de diversas mudanças a nível de algoritmo, chegou o momento do fim dos likes. A partir de agora, os seus seguidores não saberão quantos likes tem numa determinada publicação. As marcas também não terão esse conhecimento.
Abaixo encontrará o porquê desse fim e como lidar com as possíveis consequências do mesmo.
Antes de mais, porque os likes chegaram ao fim?
Existem diversos estudos sobre como o Instagram afeta a saúde mental dos seus utilizadores, em especial dos mais jovens. No entanto, mesmo assim, muitos decidem fazer publicações regulares e tentar a sua sorte neste mundo da influência digital.
A competição é cada vez maior e foi essa a razão de Adam Mosseri referir que os likes iriam desaparecer para que existisse um maior investimento na criação de ligações e não na procura por mais gostos.
Além de esta ser uma medida que irá promover conteúdos que visam a interação com fãs ou seguidores, também irá resultar em conteúdos únicos e de maior qualidade. Isto porque o conteúdo deixará de ser cópia de conteúdos com mais gostos.
Mas se a maioria das marcas contacta os influenciadores com base nas suas métricas, isso vai influenciar o trabalho destes profissionais, certo?
Existe um impacto real deste fim para os influenciadores?
O fim dos likes pode realmente ter impacto nos influenciadores digitais, mas acreditamos que apenas para quem se posicionar consoante as métricas sociais. Por outro lado, se um influenciador digital se posicionar consoante o seu conteúdo – de qualidade –, este irá atrair seguidores e as marcas irão ser atraídas e identificar-se com a forma como este comunica para o seu target.
Um exemplo que merece ser mencionado é do português Rui Duarte Catana (@ruiduartecatana), um influenciador e modelo de fitness. Este profissional contou a sua história e mostrou a frustração que sentiu em diversas situações, expondo o que o levou à mudança.
O influenciador é um excelente exemplo de alguém que tem continuado a atrair seguidores para os seus conteúdos e, ainda, parcerias com marcas. Atualmente o modelo já trabalhou com marcas como a MW Bodywear – marca de fatos de banho, ZUMUB – loja online de suplementos, Protty – marca de pão proteico, HeraxHero – roupa fitness e Visão de Prata – ótica no Algarve, marcas que se posicionam e que apostam no target do influenciador.
Como contornar as consequências desta mudança?
Mesmo que alguns influenciadores não sintam o impacto do fim dos likes, outros podem senti-lo, principalmente se ainda não forem referência na sua área de atuação. Então como continuar a atrair publico e fechar parcerias com as marcas?
O melhor é seguir o exemplo de Rui Duarte Catana, ou seja, não copie conteúdo que anteriormente fez sucesso, ao invés disso crie conteúdo original, único e com uma voz que o identifique. Os seguidores vão identificar-se e partilhar com outros utilizadores.
Além do conteúdo de qualidade também é importante melhorar a interação com os seguidores. No final as marcas vão preferir um influenciador que se relacione com os seus seguidores do que um influenciador que tem – ou tinha – boas métricas, mas não consegue influenciar ninguém.
Explicando de outra forma, as marcas vão preferir influenciadores que têm um bom engagement com os seus seguidores.
E quanto aos influenciadores menores?
Esta é a oportunidade que os influenciadores menores precisavam. Agora o conteúdo e a interação são os fatores que realmente contam, portanto torna-se possível destacar-se na imensidão de influenciadores existentes.
Portanto se estes dois fatores – conteúdo e interação – ainda não fazem parte do seu planeamento, está na altura de mudar.
As marcas vão continuar a trabalhar com os influenciadores?
A resposta já foi dada acima, mas vamos deixar claro para que não fiquem dúvidas: as marcas vão continuar a trabalhar com influenciadores e, melhor, existe uma grande oportunidade para quem está a começar.
Claro que as marcas ainda vão ter um longo trabalho pela frente, afinal já não podem medir uma boa parceria pelas métricas, mas é uma questão de tempo até terem em consideração apenas os fatores acima.
Resumindo tudo, acreditamos que esta mudança no Instagram pode ser o que os influenciadores necessitam para melhorar as suas contas e o que as marcas precisam para obter verdadeiros resultados.
Quem nunca investiu num bom conteúdo – mas sim em cópias do que resultava – ou em interações, pode ter um momento mais difícil nos primeiros tempos, mas com algumas alterações pode obter os resultados que sempre esperou.