Ocupação de escritórios cresce em Lisboa e no Porto

Foto de Inês Lucas no Unsplash

O mês de maio registou um aumento forte da ocupação de escritórios face ao período homólogo de 2020, com a atividade a crescer 45% em Lisboa, para 7.650 m2, e 30% no Porto, para 2.400 m2, segundo os mais recentes resultados do Office Flashpoint da JLL.

Em maio, a ocupação em Lisboa totalizou 12 operações com uma área média de 640 m2, sendo a zona 2 – Central Business District (CBD) – a mais procurada, com 42% do take-up mensal e 5 dos 12 negócios registados. As empresas de TMT’s & Utilities lideraram a procura neste mês, gerando 48% da atividade.

No Porto registaram-se 4 operações, das quais duas com áreas próximas a 1.000 m2, o que posicionou a área média em cerca de 600 m2. Neste mês, a zona 2 (CBD-Baixa) foi a mais ativa, com 44% do take-up, ao passo que as empresas de Outros Serviços foram as mais dinâmicas, sendo responsáveis por mais de 73% do volume absorvido.

Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL, explica que “a maioria das operações concretizadas neste mês foram para ocupação imediata, o que prova que continua a existir uma procura real e ativa, a qual mantém o foco em espaços novos e de boa qualidade.”

Para a responsável pela consultora imobiliária, a pandemia continua a marcar a conjuntura “mesmo com os avanços na vacinação, a atividade anual prossegue em níveis abaixo dos verificados em 2020, ano em que o primeiro trimestre ainda foi não-Covid. Mas, em todo o caso, o mercado tem dado sinais claros de que as empresas vão continuar ativas na procura de escritórios”.

Em termos acumulados, no período de janeiro a maio de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa soma cerca de 49.500 m2 de ocupação, um volume que fica 37% abaixo do mesmo período de 2020. No Porto, o take-up em 2021 ascende a 7.000 m2, numa redução de 70% face a 2020.

De qualquer forma, em ambos os mercados as quedas registadas no final de maio desagravam face a abril, quando o acumulado do ano apresentava reduções de 43% em Lisboa e de 78% no Porto.

Entre janeiro e maio, registaram-se 46 operações de tomada de espaço de escritórios em Lisboa, traduzindo uma área média em torno dos 1.100 m2. Neste período, a zona 5 (Parque das Nações) foi a mais dinâmica (42% do take-up), um desempenho também influenciado pela operação de pré-arrendamento de 10.000 m2 registada em abril e que foi mediada pela JLL.

As empresas de TMT’s & Utilities foram o principal motor da procura, com 46% da absorção anual. No Porto, o acumulado anual regista 18 operações, com uma área média de cerca de 400 m2, sendo a atividade liderada pelas empresas de Outros Serviços (25%) e principalmente concentrada na zona 1 (CBD-Boavista). De referir que a compressão anual da atividade mais acentuada no Porto é justificada pela realização de grandes operações na região em 2020.

O estudo Office Flashpoint é realizado mensalmente pela JLL (NYSE:JLL), uma empresa especializada em imobiliário e gestão de investimento que integra o índice das 500 maiores empresas da Fortune, com receitas anuais de 16,6 mil milhões de dólares, operações em mais de 80 países.

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