Baixa oferta trava crescimento do mercado de escritórios em Lisboa

Escritórios no centro de Lisboa
Foto: Empreendedor

Mercado nacional de Escritórios está em patamares semelhantes aos de 2018. A atividade em setembro soma 11.404 m2, revela o Office Flashpoint da JLL.

Entre janeiro de setembro de 2019, as empresas ocuparam 147.412 m2 de escritórios na região de Lisboa, um volume que se situa 2% acima dos tomados em igual período do ano passado, revela a JLL no seu mais recente Office Flashpoint. A consultora detém uma quota de 36% da área negociada neste período, afirmando a sua liderança no mercado.

Face ao desempenho do mercado em 2019, Mariana Rosa, Head of Office / Logistics Agency & Transaction Management da JLL, afirma: “É um balanço muito positivo, pois não só 2018 foi um ano histórico para a ocupação, como o mercado tem que lidar com a falta de oferta num momento em que a procura está mesmo muito ativa. Este ano surgiram apenas cerca de 50.700 m2 de novos escritórios, metade dos quais já ficaram concluídos no 1º semestre e com ocupação a 100%”.

A responsável acredita que, mesmo neste cenário em que a oferta não acompanha o ritmo da procura, a ocupação em 2019 possa situar-se entre 190.000 e 200.000 m2. “Se considerarmos a ocupação média mensal de cerca de 16.500 m2 registada até setembro, a atividade encerraria 2019 nos 198.000 m2. Fica próximo do valor recorde do ano passado, de 206.000 m2, e muito acima (cerca de 23%) da média dos últimos cinco anos, que se situava nos 159.000 m2. Tudo isto num contexto em que a oferta não consegue dar resposta à procura latente. Assim que começarem a surgir os novos projetos, o mercado vai acelerar e os próximos três anos deverão ser de grande atividade para a ocupação de escritórios”.

De acordo com o relatório mensal agora divulgado, entre janeiro e setembro registaram-se 130 operações de ocupação de escritórios em Lisboa, das quais 29 dizem respeito a áreas superiores a 1.000 m2, impulsionando, assim, a área média por transação para os 1.134 m2. Neste período acumulado, a zona 6 (Corredor Oeste) continua a ser a mais ativa, também por se tratar da zona onde encontramos a maior taxa de disponibilidade, concentrando 23% do take-up.  A zona 1 (Prime CBD) regista 19%, seguida pelas zonas 3 (Novas áreas de escritórios) e 5 (Parque das Nações), ambas com quotas de 18%. Em termos de procura, foram as empresas de “Serviços a Empresas” (quota de 22%) e as “TMT’s & Utilities” (20%) as mais ativas, embora também se evidenciem os setores de “Consultores e Advogados” e “Serviços Financeiros”, ambos com pesos de 17% do take-up.

No desempenho mensal, setembro totalizou 11.404 m2 de ocupação, ligeiramente acima (+2%) do desempenho do mês anterior e 32% abaixo do período homólogo, registando um total de 14 operações e uma área média por operação de 815 m2.  A zona 3 captou a maior fatia da atividade (34%), impulsionada pelas ocupações da 360 Imprimir no edifício Visconde de Alvalade, e de uma empresa de IT na Torre Oriente do Colombo, esta última uma das maiores operações do mês e mediada pela JLL.

A zona 1 também registou grande atividade, representando 28% da ocupação do mês de setembro, influenciada pela maior operação do mês, nomeadamente a ocupação da empresa de coworking, GoldenHub no edifício Mouzinho da Silveira 10. O setor de “TMTs & Utilities” voltou a ser o mais representado este mês, com 34% da área total ocupada, seguida por “Serviços a Empresas”, o segundo setor mais ativo no mês, com uma quota de 30% da atividade.

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