OysterWorld abre segunda fase de financiamento

Foto: website OysterWorld

A OysterWorld, uma empresa portuguesa produtora de ostras, vai contar com um investimento total de 2,1 milhões de euros para aumentar a sua capacidade produtiva para 360 toneladas. A segunda fase de financiamento já está aberta a investidores que podem obter um retorno de 5,2% ao ano.

Depois do sucesso da primeira ronda de investimento na crowdlending GoParity, que fechou em cinco dias, a OysterWorld abre uma segunda ronda desta vez com o objetivo de angariar 150 mil euros, com uma TANB de 5,2% e uma maturidade de dois anos: OysterWorld II é a segunda fase de financiamento (de oito) desta empresa setubalense.

O objetivo é angariar 2,1 milhões no total, que será financiado na sua maior parte por um financiamento a fundo perdido do programa Mar 2020, no montante de 1,07 milhões de euros, e o remanescente por capitais próprios e uma linha de financiamento de longo prazo.

Com este investimento a empresa, com atividade no estuário do Sado, em Setúbal, quer melhorar o seu equipamento produtivo e aplicar um método inovador, testado no estrangeiro, e que os diferenciará da concorrência.

Através da plataforma GoParity bastam apenas 20 euros para qualquer pessoa investir, obtendo rendimento e contribuindo para um mundo melhor.

Produção de ostras em prol do impacto ambiental

A produção sustentável de ostras tem um impacto positivo no meio-ambiente, devido ao seu caráter purificador da água e captador de carbono da atmosfera. As ostras capturam CO2 e nitrogénio e reduzem a acidificação dos oceanos. Para além disso, uma ostra consegue filtrar, em média, 55 litros de água por dia.

A acrescer aos benefícios ambientais da sua produção – o que não é comum na produção alimentar – a Oysterworld pretende utilizar métodos tecnologicamente inovadores que vão não só assegurar a sua competitividade num mercado em expansão, como garantir condições de trabalho bastante mais favoráveis e uma maior qualidade do produto.

Francisco Bernardino, fundador da OysterWorld e também biólogo marinho, garante que “a produção de ostras reduz a necessidade de recorrer à pesca extrativa, não interferindo com os stocks naturais do oceano. Também não utiliza antibióticos ou outros fármacos, nem rações.”

A produção empresarial proporciona ainda a criação de emprego fixo durante o todo o ano, numa zona onde as comunidades circundantes vivem, sobretudo, de expedientes e trabalhos sazonais ligados à agricultura.

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