De acordo com os sinistros registados nos últimos três anos, reportados pelas empresas da Europa, Médio Oriente e África, a maioria dos prejuízos reportados estiveram relacionados com a ciber-extorsão (20%), enquanto 14% dos sinistros foram relativos a pirataria de dados confidenciais. Da lista dos sinistros mais reportados entre 2013 a 2016, e que causaram perdas que obrigaram à ativação da seguradora, constam ainda falhas de segurança e acessos não autorizados (10%), vírus informáticos (também com 10%) e acesso a dados por negligência ou erro de colaboradores (8%).
Ainda segundo as estatísticas da companhia de seguros, a nível de sectores, os serviços financeiros são os mais afetados pelos ataques cibernéticos (23%), acompanhados pelas comunicações, media e tecnologia (18%) e pelo sector de retalho (17%).
Segundo a seguradora, em Portugal este tipo de seguro é ainda desconhecido para a maioria das empresas que não estão preparadas para enfrentar os ataques cibernéticos. Nélson Ferreira, diretor de Linhas Financeiras da AIG Portugal sublinha que esta ‘é uma das maiores ameaças atuais às empresas. Mais ou menos mediáticos, os eventos sucedem-se no universo empresarial com uma frequência cada vez maior e demonstram a necessidade de proteção’.
A ciber-extorsão é um dos crimes que mais têm crescido no setor informático, geralmente caracteriza-se por ameaças de ataques à segurança de uma empresa, com o intuito de extorquir dinheiro ou outros valores. Entre outros possíveis danos de um ataque informático, pode estar a violação de privacidade de dados de clientes, e as consequentes reclamações destes, decorrentes de falha na segurança da rede ou na proteção dos dados. Também a interrupção do sistema informático pode afetar as operações de negócio, e eventualmente provocar atrasos no cumprimento de prazos de encomendas, implicando penalizações.