Políticas de Habitação Acessível: Um Apelo à Ação para Portugal e Europa

Livro propõe estratégias para resolver a crise habitacional em Portugal, com exemplos inovadores de cidades europeias e soluções inclusivas.

na foto: livro "Politicas de Habitação Acessível"

O livro de Álvaro Santos e Miguel Branco-Teixeira destaca a urgência de enfrentar a crise habitacional, propondo soluções acessíveis, sustentáveis e inclusivas.

A crise habitacional que afeta jovens, famílias de baixos rendimentos e populações vulneráveis é o tema central do livro Políticas de Habitação Acessível: no Norte de Portugal e na Europa. A obra apresenta uma análise detalhada sobre o problema, acompanhado de exemplos de boas práticas em cidades europeias, com o objetivo de oferecer soluções concretas para o contexto português.

No prefácio, Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação, sublinha a necessidade de transformar a habitação num direito constitucional efetivo, defendendo a implementação de políticas que assegurem acessibilidade, sustentabilidade e justiça social. Já Bento Aires, Presidente da Ordem dos Engenheiros da Região Norte, alerta para as consequências económicas e sociais desta crise, que compromete sobretudo o futuro das novas gerações.

O livro revela que a escassez de habitação acessível, associada a um ritmo insuficiente de construção e ao aumento dos preços, agrava as dificuldades de jovens e famílias em assegurar condições dignas de vida. Esta situação é especialmente grave nos grandes centros urbanos, onde a sobreocupação de imóveis e o crescimento do número de sem-abrigo têm um impacto social alarmante. Além disso, os autores apontam a necessidade de soluções que aliem habitação acessível a práticas sustentáveis, como o reaproveitamento de edifícios desocupados e o incentivo a modelos construtivos eficientes em termos energéticos.

A obra também aborda a importância de uma gestão mais ágil e descentralizada, defendendo o fortalecimento dos municípios e a criação de parcerias entre os setores público e privado para acelerar a resposta às necessidades habitacionais. Exemplos de cidades como Viena, Amesterdão e Paris são apresentados como inspiração, com iniciativas que incluem arrendamentos acessíveis em terrenos públicos e a reconversão de espaços urbanos para fins habitacionais.

Este livro é, acima de tudo, um apelo à ação. A crise habitacional é descrita como uma questão de justiça social e sustentabilidade que exige um compromisso conjunto de decisores políticos, empresas e cidadãos, com o objetivo de garantir uma habitação digna para todos.

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