Portugal é mais do que “sol e areia”

Num breve artigo publicado no mais importante jornal financeiro, o administrador do banco português que mais investe em startups, sublinha que há um ‘novo Portugal’ onde emergem empresas que rapidamente ganham dimensão global. Em parte essa mudança resulta da transformação profunda dos últimos anos, e de uma força de trabalho altamente qualificada.

Segundo Stephan Morais, é também graças a uma infraestrutura de qualidade e a custos de mão-de-obra ‘dos mais baixos na área do euro’ que o investimento direto estrangeiro tem crescido. ‘Empresas de alta tecnologia, tais como de Rocket Internet, Google, Microsoft e muitos outros, têm importantes escritórios no país’, para tirar proveito da tecnologia e engenharia de talento disponível.

Mas a atração é também de capital. No artigo do Financial Times, o banqueiro sublinha que as startups portuguesas estão ‘começando a levantar rodadas significativas de capital internacional’, uma situação ‘impensável há três ou quatro anos’. Mesmo quando essas aquisições transferem a sede da empresa para o estrangeiro, os centros de decisão e parte das operações permanecem em Portugal.

Também os centros de pesquisa – como a Fundação Champalimaud – são polos de atração de talento global, ‘e isso cria uma receita para o sucesso futuro’. A deslocalização do Web Summit, de Dublin para Lisboa e o lançamento de acelerador Startup Next da TechStars em Lisboa são também motores da transformação nacional.

Stephan Morais concorda que tudo isto ‘não vai resolver todos os problemas do país’ nem acabar com desemprego em Portugal, ‘mas é uma evolução favorável, que tem repercussões na competitividade geral do país’ independentemente da nova orientação política.

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