Portugal sobe para 39º lugar do IMD World Competitiveness Ranking

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Portugal subiu três posições no ranking que avalia a competitividade dos países a nível mundial. A posição portuguesa é consolidada pelo crescimento da performance económica e eficiência empresarial nacional.

O IMD World Competitiveness Ranking 2023 coloca Portugal na 39ª posição do ranking das economias mais competitivas a nível global, uma subida de três posições (de 42ª para 39ª) face a 2022. A Dinamarca repete o primeiro lugar do ranking, seguida da Irlanda e da Suíça, que ocupam os dois restantes postos do pódio, em segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Refira-se que a economia portuguesa registou resultados mais positivos em praticamente todos os indicadores macro do IMD World Competitiveness Ranking 2023, nomeadamente na performance económica, destacando-se, aqui, o comércio internacional, a eficiência do Governo – particularmente na estrutura social e legislação empresarial – e a eficiência das empresa marcada pela produtividade. A qualidade das infraestruturas foi o item onde Portugal sofreu um ligeiro decréscimo, apesar do contributo positivo no setor da educação.

No capítulo dos indicadores macro, Portugal apresenta, inclusivamente, alguns fatores como principais forças no top 10 do ranking como o crescimento real do PIB per capita (4ª), a concentração de exportação por produto (4ª), as receitas do turismo (9ª), as leis de imigração (6ª), a força laboral feminina (5ª), as matrículas no ensino secundário (3ª) e a assistência médica (5ª).

Em contrapartida, as principais fraquezas encontram-se nos fluxos de investimento direto no exterior (59ª), no preço dos combustíveis (57ª), na credibilidade dos gestores (60ª) e na exportação tecnológica (51ª).

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Desafios-chave para a competitividade portuguesa

O relatório do IMD World Competitiveness Ranking 2023 identifica, ainda, quatro desafios-chave para a competitividade da economia portuguesa, em 2023. O primeiro passa pela garantia de um crescimento do PIB nacional acima da média da União Europeia (EU) e dos seus pares, apoiando o aumento real dos rendimentos e revertendo a queda do PIB per capita.

Refira-se, ainda, o desenvolvimento de uma estratégia nacional para promover competências de gestão, transformação digital e transição energética, como impulsionador da competitividade das empresas.

A otimização de reformas no setor público na justiça, saúde, educação e segurança social, ou a prestação de serviços públicos de qualidade, reduzindo ao mesmo tempo o endividamento económico, são também aspetos identificados como elementos-chave para a competitividade.

Por fim, a necessidade de um acordo político transversal sobre estratégias para questões demográficas urgentes como o envelhecimento da população e a baixa taxa de natalidade, para dar resposta aos desafios da competitividade no nosso país.

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Europa com dinamismo competitivo

Apesar da interação complexa entre inflação, risco geopolítico e fragmentação política, o cenário de competitividade global permanece dinâmico, especialmente na Europa. A Dinamarca, a Irlanda e a Suíça são as economias mais competitivas do mundo, segundo o IMD World Competitiveness Ranking 2023. A Dinamarca mantém a sua posição no topo da classificação, a Irlanda ascendeu de sétimo para o segundo lugar e a Suíça desce um lugar para terceiro.

De acordo com o estudo, as economias mais bem-sucedidas tendem a apresentar uma boa estrutura institucional, incluindo sistemas de educação fortes e bom acesso a mercados e parceiros comerciais como, por exemplo, a Dinamarca, a Suíça e Singapura, que se apresenta em quarto lugar, descendo um lugar.

Os Países Baixos melhoraram um lugar, subindo para quinto. A China ganhou um lugar (de 7º para 6º). Hong Kong declina para o sétimo lugar (de 5º) e a Suécia desce de quarto para oitavo lugar. Os Estados Unidos melhoraram um lugar, situam-se, agora, em nono, e os Emirados Árabes Unidos sobem dois lugares, completando o top 10.

O IMD World Competitiveness Rankings, é uma pesquisa que, desde 1989, avalia 235 indicadores de cada uma das 63 economias classificadas. O ranking leva em conta uma ampla variedade de estatísticas que contribuem para tornar as economias mais competitivas, como taxa de desemprego, PIB e despesas do governo em saúde e educação, bem como uma Pesquisa de Opinião Executiva que cobre tópicos como coesão social, globalização e corrupção.

Em Portugal o estudo foi coordenado pela Porto Business School, parceiro exclusivo do IMD World Competitiveness Rankings para a recolha de dados relativos a Portugal desde 2015.

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