Um novo relatório da empresa de cibersegurança NordVPN revelou que os portugueses estão classificados como os terceiros melhores do mundo em termos de conhecimento sobre privacidade online e cibersegurança. Este estudo global avaliou o nível de conhecimento em cibersegurança e privacidade online em diversos países, e dá conta de uma tendência de declínio do conhecimento mundial nesse campo. No entanto, cerca de 16% da população portuguesa demonstrou estar bem informada sobre os perigos online e como evitá-los.
De acordo com os resultados, os utilizadores portugueses alcançaram uma pontuação notável no reconhecimento dos perigos online e nas estratégias para evitá-los, com uma pontuação de 74%. Por outro lado, o desempenho em relação aos comportamentos e utilização de ferramentas de segurança online foi mais modesto, com uma pontuação de 51%.
O National Privacy Test (NPT) é um inquérito global anual realizado com o objetivo de avaliar o conhecimento de cibersegurança e privacidade online dos inquiridos. A pesquisa visa também educar o público sobre ameaças cibernéticas e a importância da segurança de dados na era digital. Com 26.174 respostas provenientes de 175 países, o NPT de 2023 revela que os portugueses se destacam, ocupando a terceira posição global em termos de conhecimento.
“Com a crescente complexidade das ameaças digitais, não é de surpreender que o conhecimento mundial de cibersegurança e privacidade online se encontre em declínio. Paradoxalmente, os resultados ficam pior ano após ano apesar de existirem cada vez mais soluções de segurança. Educar utilizadores sobre os potenciais riscos e as melhores práticas para os contrariar deve ser uma prioridade,” diz Marijus Briedis, CTO da NordVPN.
Embora Portugal esteja entre os melhores do mundo em termos de conhecimento de cibersegurança e privacidade online, a pesquisa indica que o conhecimento global nessa área está diminuindo. Países como Polónia, Singapura, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Áustria também figuram entre os líderes em conhecimento de cibersegurança, apesar do declínio geral.
Em sentido contrário, os espanhóis não tiveram um desempenho tão bom e obtiveram algumas das piores pontuações ao nível da consciencialização de privacidade e outras ameaças digitais. Os espanhóis, tal como os italianos, precisam de aprender mais sobre os problemas de privacidade e segurança em dispositivos conectados.
A pesquisa também revelou que os portugueses têm habilidades notáveis na criação de senhas fortes (98%) e no reconhecimento dos riscos de armazenar informações de cartões de crédito no navegador (93%). No entanto, apenas 3% dos portugueses estão familiarizados com ferramentas online que protegem a privacidade digital, e somente 1 em cada 10 sabe quais informações os provedores de Internet (ISPs) coletam como parte dos metadados.
Embora a pontuação de Portugal no NPT seja de 62% e o país ocupe uma posição de destaque global, é importante notar que houve uma queda em relação à pontuação de 68% alcançada em 2021. A pesquisa ressalta a necessidade contínua consciencialização e educação em cibersegurança para enfrentar os desafios em constante evolução no mundo digital.