Portugueses estão mais confiantes na economia

O ICC mede a perceção da situação económica pelos consumidores e, desde o início de 2013 tem registado uma tendência crescente, excetuando a ligeira quebra verificada entre outubro e janeiro. ‘A recuperação do indicador de confiança dos Consumidores nos últimos dois meses refletiu o contributo positivo de todas as perspetivas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar, da situação económica do país, da poupança e do desemprego, mais expressivo no último caso em fevereiro’, sublinha o INE.

O otimismo dos consumidores reflete-se não apenas na perspetiva de uma melhoria nos rendimentos do agregado familiar mas também na disponibilidade para a realização de compras importantes, cujo indicador regista o valor mais elevado desde julho de 2010. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o valor registado pelo Indicador de Confiança dos Consumidores em fevereiro de 2016 foi o segundo melhor desde outubro de 2000.

Esta tendência crescente é também acompanhada pelos indicadores de confiança dos empresários dos diferentes setores de atividade com especial destaque para o Comércio, Serviços e Construção. Só na indústria transformadora o indicador manteve o valor registado no período anterior. Em termos globais quer os empresários quer os consumidores estão mais confiantes.

‘O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas recuperou no mês de referência, suspendendo o agravamento observado entre novembro e janeiro, refletindo o contributo positivo das duas componentes, perspetivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas’, destaca o INE, enquanto o indicador de confiança do Comércio também aumentou em fevereiro, ‘devido ao comportamento positivo das expectativas de atividade e das opiniões sobre o volume de stocks.’

Apesar do otimismo dos consumidores, os empresários da Industria Transformadora não esperam uma melhoria no consumo interno, cujo índice registou uma ligeira quebra, mas em contrapartida acreditam no crescimento das exportações, com os gestores das empresas com produção orientada para o mercado externo, a melhorarem a preverem um aumento da procura e dos preços em 2016. Também os empresários da Construção e Obras Publicas esperam um crescimento da carteira de encomendas embora as expectativas de evolução nos preços tenham diminuído.

O indicador de confiança da Indústria Transformadora estabilizou em fevereiro, após ter aumentado ligeiramente nos dois meses anteriores, ‘verificando-se uma evolução positiva das apreciações sobre os stocks de produtos acabados e das perspetivas de produção, enquanto o saldo das opiniões sobre a procura global diminuiu’. Já o indicador de confiança dos Serviços ‘aumentou ligeiramente, depois de ter diminuído entre outubro e janeiro, refletindo o contributo positivo das opiniões e perspetivas sobre a evolução da carteira de encomendas’, adianta o INE, no seu primeiro relatório económico de 2016.

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