Um inquérito conduzido pela imovendo, proptech imobiliária portuguesa, revela que a esmagadora maioria dos portugueses (83,7%) considera que as medidas de apoio à habitação deveriam ser uma prioridade no Orçamento do Estado (OE). Além disso, 56,7% dos inquiridos acreditam que o documento atual não satisfaz as necessidades reais do mercado imobiliário.
Enquanto 77,9% dos participantes concordam que o congelamento das rendas não resolve efetivamente o problema da habitação, as opiniões sobre as suas consequências divergem. Para 30,6%, a medida resultará em mais casas à venda, enquanto 22,4% acreditam no contrário. Notavelmente, 28,2% dos inquiridos não preveem mudanças significativas.
Quando questionados sobre a melhor forma de contornar o congelamento das rendas, 43% sugerem a execução de novos contratos de arrendamento, enquanto 27,4% consideram vender suas propriedades.
A medida é vista como benéfica para arrendatários e para o Estado, segundo 60,4% dos inquiridos, enquanto 49,4% dos proprietários acreditam que vender as suas casas por valores mais elevados é compensador, embora o processo possa demorar mais tempo.
Os custos associados à compra de imóveis são um entrave significativo, conforme indicado por 67,4% dos participantes, e 71,5% opõem-se ao apoio do Estado à entrada de jovens no crédito habitação.
O inquérito também colheu sugestões dos participantes, incluindo uma “menor carga fiscal para senhorios e arrendatários”, “IVA reduzido para toda a construção, para aumentar a oferta” e “subsidiar os proprietários para manter os arrendamentos”.