O mercado imobiliário capitalizou 25 mil milhões de euros até Setembro de 2021, o que representa um investimento diário de 65 milhões de euros. Segundo o relatório da Alfredo, o município com o maior crescimento nos preços continua a ser Aveiro, enquanto Castelo Branco, registou o valor mais baixo nas transações, registando mesmo um decréscimo nos preços, relativamente a 2020.
O Índice de Preços Alfredo é divulgado mensalmente pela empresa especializada em inteligência artificial para o mercado imobiliário. O relatório de janeiro regista, além das variações mensais de preços, também o balanço de transações imobiliárias relativas aos três primeiros trimestres do ano anterior.
Assim, até setembro de 2021 venderam-se em Portugal 153.076, o que representa um aumento de 25,4% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, período até ao qual tinham sido vendidos 122.066 imóveis.
Estes valores traduziram-se numa capitalização de mercado de 25 mil milhões de euros em setembro deste ano, comparativamente a 18,7 mil milhões de euros em setembro de 2020, fazendo de 2021 o ano mais forte de sempre no mercado imobiliário português, com um investimento diário de 65 milhões de euros.
Ainda segundo o relatório, o município onde os imóveis são vendidos mais rapidamente é Viana do Castelo, com uma média de 102 dias em venda, enquanto Portalegre é o município onde esse processo é mais demorado, com uma média de 207 dias até à conclusão da operação de venda.
Aumento nos preços
De acordo com o mais recente “Índice de Preços Alfredo”, o preço médio dos imóveis subiu 6% nos últimos 12 meses, sendo que o município com o maior crescimento foi Aveiro, com um aumento de 23,1% nos preços médios. No espectro oposto, Castelo Branco foi o município com a menor variação nos preços do imobiliário, registando mesmo um decréscimo de -4.2% nos preços.
Lisboa lidera os preços mais elevados, com um valor médio de 3.516 euros por m2, seguido do Porto, onde o preço médio é de 2.168 euros por m2. O terceiro lugar cabe ao município de Faro, com um preço médio de 1.964 euros por m2.
Em claro contraste, a Guarda regista o preço médio mais baixo, no valor de 438 euros por m2. Também Portalegre (477€/m2) e Santarém (572€/m2) estão entre as três capitais de distrito com os preços mais baixos do mercado residencial.
Analisando separadamente o mercado dos apartamentos e o das moradias, o Índice de Preços revela que em Janeiro, o preço médio para os apartamentos, foi de 2.600 Euros por m², enquanto nas moradias a média ficou em 1.042 Euros por m².
No caso dos apartamentos, o último ano foi marcado pelo aumento generalizado dos preços médios em praticamente todo o território nacional. Aveiro foi o município que registou o maior aumento, tendo-se observado uma variação de 22% enquanto em Ponta Delgada este mercado revelou-se menos atrativo, tendo sido a variação nesta zona de -3% no último ano.
Já no mercado das moradias o aumento dos preços foi mais contido, continuando Aveiro a liderar os aumentos, tendo-se observado uma variação de 22%. Coimbra foi o município com o crescimento mais baixo, tendo sido uma variação negativa no preço médio das moradias vendidas nesta zona (-9%) quando comparado com o ano anterior.
O estudo compara ainda a Taxa de Esforço para cada município. Esta taxa é a relação entre o valor da avaliação bancária mediana (por m²) e o rendimento médio mensal dos habitantes em cada município e serve para calcular o peso do custo da habitação no total dos rendimentos dos compradores.
Lisboa é o município onde essa taxa é mais elevada, com um valor de 1,9, tendo registado um aumento de 3,1% no preço da habitação. Já o município com a taxa de esforço mais baixa foi Guarda, com um valor de 0,6, registando um decréscimo no preço da habitação de -3,3%.
O “Índice de Preços Alfredo” é uma pesquisa realizada mensalmente pela Alfredo, uma plataforma digital desenvolvida pela startup portuguesa especializada no tratamento de dados do mercado para os profissionais do sector imobiliário.