Um estudo realizado por especialistas em tecnologias educacionais do British Council e do Instituto de Investigação em Inovação Digital na Aprendizagem (ODUGlobal, baseado na Universidade Old Dominion, Virginia, EUA) revelou que 60% dos professores de inglês discordam que a inteligência artificial (IA) e a tradução automática venham a tornar desnecessária a aprendizagem de línguas estrangeiras.
Baseado em respostas de 1348 professores de inglês de 118 países e regiões, o estudo, que integra o projeto de investigação “Artificial Intelligence in English Language Teaching: Preparing for the Future“, destacou que muitos inquiridos salientaram as profundas facetas culturais, sociais e emocionais das línguas, enfatizando que o valor duradouro da interação humana não pode ser substituído pela Inteligência Artificial.
O estudo também revelou que 70% dos professores concordam que os alunos devem ser capazes de escrever em inglês sem a ajuda de ferramentas de IA. No entanto, 51% dos inquiridos expressaram ceticismo em relação à capacidade da IA em ensinar inglês sem a presença de um professor até 2035, destacando a importância dos educadores humanos.
Quanto ao uso da IA no ensino de inglês, o estudo constatou que as ferramentas mais usadas pelos professores são as aplicações de aprendizagem de línguas estrangeiras (48%), IA para geração de idioma (37%) e chatbots (31%). No entanto, uma parte significativa (24%) dos inquiridos afirmou não usar nenhum desses tipos de ferramentas de IA.
O estudo, que analisou tanto as opiniões dos professores quanto o uso prático da IA no ensino da língua inglesa, destacou a necessidade de desenvolver inteligência artificial para apoiar a aprendizagem de diferentes variedades de inglês em todo o mundo, a fim de promover a inclusão e reduzir os problemas de uniformização e eficiência.
