Profissionais Indecisos entre Bem-Estar em Trabalho Remoto ou Segurança no Modelo Presencial

O Global Talent Barometer 2024 revela o impacto dos modelos de trabalho na segurança, bem-estar e confiança dos profissionais.

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Os diferentes modelos de trabalho continuam a moldar o panorama laboral global, com implicações significativas para o bem-estar, satisfação e confiança dos profissionais. O Global Talent Barometer 2024, divulgado pelo ManpowerGroup, revela que, enquanto os modelos híbridos e remotos impulsionam o equilíbrio trabalho-vida e a confiança no desenvolvimento de carreira, os modelos presenciais conferem maior sensação de segurança no emprego.

Bem-Estar e Segurança, Um Equilíbrio Delicado

O estudo aponta que os profissionais em regimes híbridos e remotos alcançam níveis mais elevados de equilíbrio entre vida pessoal e profissional (72%), destacando-se face aos modelos presenciais impostos (57%). Contudo, os níveis de stress são semelhantes entre os diferentes modelos, com ligeira vantagem para os trabalhadores em regime presencial imposto, que reportam menos stress (47%).

Além disso, o alinhamento com os valores e propósitos da empresa é mais forte nos modelos híbridos (76%) e remotos (72%) em comparação com os modelos presenciais impostos (69%). Já no sentimento de realização com o trabalho, os profissionais em modelos híbridos lideram com 83%, seguidos pelos remotos (80%) e pelos presenciais, opcionais ou impostos (79% e 78%).

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Confiança e Desenvolvimento Profissional

Os trabalhadores em regimes híbridos (64%) e remotos (59%) destacam-se na confiança em oportunidades de desenvolvimento de carreira, superando os regimes presenciais impostos (49%). Este padrão repete-se no acesso a tecnologia e ferramentas de trabalho, com os modelos híbridos (82%) e remotos (81%) à frente dos presenciais (72%).

No entanto, regimes presenciais opcionais recuperam terreno quando a confiança nas competências gerais é considerada, com 73% dos trabalhadores a declarar maior segurança.

Segurança e Retenção de Talento

O índice de satisfação no trabalho revela que os modelos presenciais são os que mais transmitem segurança no emprego atual, com 75% dos trabalhadores em regimes impostos a sentir maior estabilidade, seguidos dos opcionais (73%). Em contraste, apenas 62% dos profissionais em modelos remotos partilham este sentimento.

Paradoxalmente, são também os trabalhadores remotos e híbridos que apresentam maior propensão para mudar de emprego nos próximos seis meses (41% e 39%, respetivamente). Este contraste sublinha um desafio importante para as empresas na retenção de talento em contextos de trabalho flexível.

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Estratégias para o Futuro

O barómetro expõe um paradoxo: enquanto os modelos híbridos e remotos promovem bem-estar e confiança, apresentam desafios na retenção de talento. As empresas que desejam prosperar neste novo paradigma devem adotar estratégias que combinem flexibilidade com apoio ao desenvolvimento de carreira e bem-estar dos colaboradores, garantindo, simultaneamente, que todos os profissionais, independentemente do modelo de trabalho, tenham acesso a ferramentas adequadas e suporte eficaz.

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