Holandesa Hoekmine e Portuguesas Undersee e SEAentia são os projetos vencedores da 1ª edição do programa Blue Bio Value. O programa teve uma duração de oito semanas, durante as quais 13 empresas finalistas de seis nacionalidades diferentes adquiriram competências de gestão de negócios e receberam orientação de mais de 40 mentores.
A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian anunciou os vencedores da 1ª edição do Programa de Aceleração Blue Bio Value, desenvolvido em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures. Os três projetos vencedores são a Holandesa Hoekmine e as Portuguesas Undersee e SEAentia. No total os três premiados receberam 45 mil euros para desenvolver os seus projetos.
A startup holandesa Hoekmine apresenta uma tecnologia inovadora de desenvolvimento de cores com base em bactérias marinhas, substituindo a utilização de químicos. Essas cores podem ser aplicadas em vestuário, cosméticos, automóveis e muitas outras indústrias. Por seu turno a Undersee, nascida em Coimbra, desenvolveu um dispositivo e aplicação para recolher dados de qualidade da água em tempo real e a SEAentia, nascida em Cantanhede, dedica-se à produção sustentável em aquacultura de corvina num sistema de recirculação. Seguindo um conceito de economia circular, a empresa espera expandir para a produção de algas, mexilhões e outras espécies.
A iniciativa visa atrair projetos e ideias de negócio ligados à bioeconomia
Na cerimónia de atribuição de prémios, José Soares dos Santos, Fundador e Presidente da Fundação Oceano Azul, enalteceu a coragem dos empreendedores que deram um passo importante e saíram da sua zona de conforto, para criar um negócio e uma empresa. “É preciso ser especial para ser empresário e estes empreendedores demonstraram ter o que é necessário”, sublinhou, frisando que “o resultado desta primeira edição vem confirmar que a aposta de ambas as Fundações foi correta e portanto a próxima edição deve ser ainda mais ambiciosa, no sentido de criar também condições de incubação e de crescimento para as startups.”
Também a Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian realçou o empenho da sua Fundação em “acelerar a transição para uma economia azul sustentável, que ajude a criar empregos e a fomentar o progresso de uma forma inteligente, inclusiva e amiga do ambiente”. Isabel Mota acrescentou que ao impulsionar “modelos de negócio de impacto positivo, acreditamos que estaremos a promover padrões sustentáveis de produção e consumo”.
O Blue Bio Value é um programa internacional de aceleração de projetos e startups ligadas à bioeconomia azul. A iniciativa visa atrair projetos e ideias e transformá-las em oportunidades de negócio ao longo da cadeia de valor dos biorrecursos marinhos, incluindo biotecnologia, e que tenham como solução o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, integrados em negócios viáveis.
Com este Programa, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian unem esforços para contribuir para que Portugal se torne num polo internacional relevante e inovador no desenvolvimento da mais inovadora bioeconomia marinha, promovendo também uma utilização mais sustentável do oceano.