Num universo profissional intensamente competitivo, ser ‘apenas’ um profissional competente e empenhado parece já não ser suficiente. Esta questão torna-se, ainda, mais premente para uma nova geração de empreendedores e freelancers para quem a criação de uma marca pessoal é imperativa, a par da sólida construção e manutenção de uma rede de contactos pessoais, sociais e profissionais.
O conceito de marca pessoal tem-se vindo a desenvolver e a consolidar nos últimos anos, entende-se que não só decorrente da evolução de uma das disciplinas que lhe servem de base – o marketing -, como também da necessidade de fazer face a tendências da sociedade contemporânea, nomeadamente a de cada profissional se tornar excecional e indispensável dentro do seu contexto de atuação, sobressaindo por entre as massas. Outro fator, não negligenciável, tem sido o tremendo desenvolvimento e respetivas consequências decorrentes da utilização dos social media, utilização esta que permitiu disseminar o conceito de marca pessoal, tornando-o acessível a todos aqueles que o desejem e tenham a capacidade de construir e manter essa marca.
Assim sendo, e considerando que a principal característica distintiva da marca pessoal face a outras marcas é o facto de ser absolutamente única, com a consequente liberdade na sua gestão, cada pessoa, ao construir a sua própria marca poderá levar em linha de conta alguns destes pressupostos:
- Autoconhecimento: é indispensável ter este processo bem resolvido, ou seja, deter um profundo conhecimento do ‘produto’ (quem é, quem quer ser, como é visto, como quer ser visto, quais os pontos fracos e os pontos fortes, quais os objetivos profissionais e comerciais).
- Autoestima e segurança: quem não confia em si dificilmente seria capaz de ‘comercializar’ a sua própria marca.
- Estar ciente de que a marca pessoal não sobreviverá se não acrescentar uma proposta de valor singular, muito sólida e muito credível.
- Criar e, sobretudo, preservar uma reputação positiva, cuidando dos mais ínfimos detalhes, de uma forma concertada: por exemplo, prestando atenção a todos os aspetos relacionados com a comunicação interpessoal (presencial, escrita, digital).
- Encarar a imagem como um poderoso instrumento de comunicação, não a negligenciando em nenhum momento. Considerar, contudo, que o modo mais seguro de se conquistar uma reputação positiva e consistente é procurar ser o que se deseja parecer, pelo que se deve ser, estar, comunicar e agir de forma coerente, sem dissonâncias de nenhuma espécie.
- Desenvolver a capacidade de prosseguir, mesmo perante a adversidade e o falhanço, fortalecendo a resiliência.
- Fomentar, ou pelo menos não desperdiçar, oportunidades, incrementando e gerindo, de forma genuína e não meramente por interesse, a rede de contatos profissionais.
- Lutar pela excelência, só atingível quando ao conhecimento técnico se alia a paixão, fomentando características distintivas nos processos de execução.
- Considerar, sempre, que uma marca encerra uma promessa e que, consequentemente, as expectativas geradas nos demais não devem ser traídas, sob nenhum pretexto.
Afinal, qual é a sua pegada profissional e social? A sua, é uma marca branca ou uma marca de luxo?