Quase Um Terço dos Portugueses já Utiliza Plataformas Bancárias Digitais

O uso de neobancos em Portugal cresce, com quase um terço da população a optar por plataformas bancárias digitais, segundo estudo da Minsait Payments.

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Quase um terço da população portuguesa já opera com um neobanco, segundo o relatório da Minsait Payments sobre Open Finance. Os neobancos, plataformas financeiras digitais que operam sem presença física e oferecem serviços bancários exclusivamente online, estão a transformar o setor financeiro ao proporcionar maior flexibilidade, custos mais baixos e experiências de utilizador mais modernas.

A inovação tecnológica e regulatória, juntamente com a inclusão de novos atores no ecossistema financeiro, têm impulsionado a adoção de modelos de mercado aberto, também conhecido como Open Finance. Este modelo permite que dados financeiros dos consumidores sejam partilhados de forma segura entre diferentes instituições financeiras, promovendo maior concorrência e personalização de serviços. A nível europeu, 48% dos especialistas acreditam que o Open Finance será um padrão até 2030, enquanto 20% afirmam que este modelo já é uma realidade.

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Em Portugal, 47% da população possui mais de uma conta bancária, com muitos consumidores a optarem por neobancos para diversificar os seus serviços financeiros, evitar concentrações de poupança numa única instituição, ou simplesmente tirar partido de serviços financeiros mais acessíveis e personalizados. No entanto, o relatório identifica desafios como a dificuldade de acompanhar saldos e movimentos, um problema apontado por 16,4% dos inquiridos portugueses.

Apesar dos avanços, a proteção de dados e a privacidade continuam a ser os principais desafios regulatórios, referidos por um em cada quatro especialistas. A nova Diretiva de Serviços de Pagamento (PSD3) da União Europeia visa reforçar os direitos dos consumidores, estabelecendo obrigações para as instituições financeiras partilharem os dados de clientes de forma segura e controlada. Entre os benefícios estão o controlo total dos consumidores sobre os seus dados e a padronização de informações financeiras.

Este novo quadro regulatório surge num contexto europeu em que a relutância dos consumidores em partilhar dados financeiros é maior do que em outras regiões, como a América Latina. Em Portugal, a resistência pode ser mitigada através de incentivos, como a oferta de produtos e serviços mais personalizados e a eliminação de comissões bancárias, uma preferência partilhada por 61,7% dos inquiridos.

O relatório da Minsait Payments sobre Open Finance faz parte de um estudo anual sobre as tendências nos métodos de pagamento e reúne opiniões de utilizadores de internet bancários em Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e América Latina.

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