A Adyen, uma das principais plataformas de tecnologia financeira a nível global, revelou que a maioria dos retalhistas portugueses está a apostar na expansão internacional para impulsionar as suas receitas em 2024. 73% das empresas afirmam estar a procurar novos mercados através da venda online, enquanto 50% também consideram a abertura de lojas físicas.
Os principais destinos de expansão para as empresas de retalho portuguesas são Espanha (59%), seguida por França (36%) e Brasil (30%). Estas escolhas refletem uma estratégia clara de crescimento em mercados de proximidade e relevância cultural e linguística.
Apesar das ambições, 76% dos retalhistas portugueses afirmam que não têm clareza sobre a sua capacidade de aceitar as preferências de pagamento dos consumidores locais. Este fator é crítico para o sucesso, já que 89% dos retalhistas reconhecem que a aceitação dos métodos de pagamento locais pode fortalecer a sua marca e aumentar a confiança dos consumidores.
Além disso, 83% dos retalhistas afirmam que, ao expandirem para novos mercados, procuram uma plataforma de comércio unificado para compreender melhor os seus clientes. Por outro lado, 75% das empresas procuram novas soluções de tecnologia financeira que facilitem a personalização da gestão da fraude.
As empresas portuguesas conseguiram reduzir as suas perdas financeiras em 17% através do apoio de bancos adquirentes locais. No entanto, 24% das empresas ainda não recebem este tipo de apoio, o que pode ser um obstáculo ao sucesso da expansão. A Adyen sugere que a utilização de bancos locais para processar transações pode reduzir significativamente estas perdas.
A experiência de pagamento é fundamental para os consumidores. 55% dos consumidores a nível mundial afirmam que, se não conseguirem pagar através do método que preferem, abandonarão a compra. Em Portugal, apenas 22% das empresas aceitam métodos de pagamento internacionais, como AliPay e WeChat Pay, que são comuns na China.
A expansão internacional é, assim, uma oportunidade valiosa para os retalhistas portugueses, especialmente em mercados-chave como Espanha, França e Brasil. No entanto, o sucesso depende da capacidade de adaptação às preferências de pagamento locais e da utilização de soluções financeiras que reduzam as perdas e melhorem a experiência do cliente.