Retenção de Talento: Profissionais Consideram que Medidas de Flexibilidade no Trabalho não são Eficazes

Tendências de Recursos Humanos 2023-2024

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A Randstad, líder global em soluções de recursos humanos, lançou um estudo abrangente sobre as Tendências de Recursos Humanos 2023-2024, fornecendo uma análise profunda das dinâmicas do mercado de trabalho em Portugal. Baseado em inquéritos a empresas e profissionais, o estudo revela insights valiosos sobre as perspetivas de contratação, condições oferecidas pelas empresas e a satisfação dos profissionais em relação às medidas de flexibilidade.

Com uma amostra diversificada, incluindo setores que representam 6% a 14% dos resultados, e 36% das empresas com menos de 50 colaboradores, a pesquisa destaca a importância das pequenas e médias empresas no cenário laboral nacional.

O ano de 2023 foi caracterizado pela adaptação das empresas a mudanças operacionais, desde a implementação de novos modelos de trabalho até à discussão em torno da semana de 4 dias. A escassez de talento continua a ser uma preocupação crucial para as empresas.

“À medida que as empresas se adaptam a mudanças operacionais, têm de gerir o abrandamento económico nacional e internacional e os desafios que vão surgindo, como é o caso da entrada da inteligência artificial no mundo do trabalho e do impacto que esta terá no emprego. Neste contexto, torna-se crucial que as empresas, antes de mais, estejam informadas sobre o que está a acontecer no mercado de trabalho, para que possam tornar-se cada vez mais competitivas e serem capazes de adaptar a um mercado em constante transformação”, afirma Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal.

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Empresas Enfrentam Desafios que Exigirão Adaptação Rápida

O estudo aborda as expectativas das empresas em relação à situação económica futura, prevendo um “ligeiro agravamento” não apenas a nível internacional, mas também em Portugal e nos diferentes setores inquiridos. Este cenário implica desafios que exigirão adaptação rápida, com foco na análise de dados, inovação e uma compreensão das preferências das diferentes gerações.

As tendências identificadas para 2023-2024 incluem a escassez de talento, a orientação para resultados e a capacidade de adaptação como competências mais procuradas, e a transformação digital e a inteligência artificial como fatores que moldarão o futuro do mercado de trabalho.

No que diz respeito à retenção de talento, 56,2% dos inquiridos consideram que este é o maior desafio para empresas e departamentos de recursos humanos. A escassez de talento na atração de novos profissionais é também um desafio em larga escala. Surpreendentemente, 83,9% das empresas planeiam contratar nos próximos 12 meses, com a rotação de profissionais (26,6%), crescimento de negócios (20,7%) e a busca por novas competências (15,6%) como principais motivos.

No entanto, o destaque vai para as medidas de flexibilidade no trabalho, como forma de retenção de talento, com 55% dos profissionais a consideram que as medidas atualmente em vigor na sua empresa, não são eficazes. Por outro lado as empresas têm uma perspetiva, com 61% dos responsáveis pelos Recursos Humanos acreditam na eficácia dessas medidas. O teletrabalho, uma das formas de flexibilidade mais valorizadas, é adotado por 47,4% dos profissionais, mas 44,3% prefeririam um modelo híbrido e 30% um modelo totalmente flexível.

As diferenças geracionais são evidentes, com os baby boomers dando menor valor aos benefícios do “salário emocional”, enquanto os millennials e a geração Z valorizam a flexibilidade no trabalho. A employee value proposition é destacada como crucial na atração e retenção de talento, com oportunidades de crescimento, flexibilidade no trabalho, aumentos salariais, bom ambiente de trabalho e seguro de saúde como os benefícios mais valorizados pelos profissionais.

Num mercado de trabalho competitivo, a retenção de talento torna-se estratégica para garantir a estabilidade das empresas. Estratégias eficazes para atrair, reter e desenvolver talentos são fundamentais para enfrentar a falta de profissionais qualificados e garantir a competitividade a longo prazo.

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