A inovação tecnológica traz desafios e oportunidades às empresas e aos profissionais, transformando também o modo como trabalham e produzem. Para preparar esta evolução, Ricardo Martins, Expert Data Scientist na Zühlke, empresa especializada em serviços de engenharia de software para projetos internacionais, destaca para a Revista do Empreendedor como a integração de ferramentas de Inteligência Artificial generativa promovem a transição e o crescimento das organizações para empresas híbridas.
Segundo Ricardo Martins, “há uma grande vantagem na integração de ferramentas que recorrem a automação e a Inteligência Artificial generativa, desde logo porque poupam tempo aos colaboradores em tarefas repetitivas. Ganhando disponibilidade para se dedicarem a tarefas que requerem reflexão, análise crítica ou pensamento estratégico, conseguimos tirar partido do melhor dos dois mundos, o humano e o da máquina, e alcançar os melhores resultados”.
Assim, o responsável da Zühlke partilha cinco dicas para que as organizações acelerem o seu desenvolvimento enquanto empresas híbridas, de olhos postos no futuro.
1 | Investir na digitalização
O avanço tecnológico tem aberto uma panóplia de ferramentas digitais que vêm resolver de forma rápida e ágil temas que, de outro modo, levariam mais tempo e consumiriam mais recursos. Por isso, “as empresas devem fazer uma análise interna aos seus processos de forma a identificar que áreas podem beneficiar da digitalização, permitindo iniciar ou acelerar a adaptação de sistemas, equipas e procedimentos a ferramentas avançadas”.
2 | Fomentar a colaboração e cultura ágil
Numa empresa híbrida, é essencial implementar uma cultura de colaboração entre todos os colaboradores, com recurso a ferramentas e plataformas que facilitam e agilizam o seu dia-a-dia. “A IA generativa permite criar uma ponte entre a empresa e modelos de trabalho do futuro, assentes em flexibilidade, uma vez que impacta positivamente a produtividade e organização das equipas”.
3 | Potenciar uma estrutura Data-driven
Com o uso de ferramentas de Big Data e Machine Learning, as empresas beneficiam do acesso a informações cruciais para os seus resultados. Por isso, “implementar uma estrutura que tenha os Dados como bússola orientadora vai permitir às empresas evoluir na forma como integram outras tecnologias, tomam decisões e definem estratégias”.
4 | Apostar no desenvolvimento profissional
A formação dos colaboradores é essencial para abraçar a mudança de forma positiva, preparando as equipas com os conhecimentos mais relevantes e atualizados para as suas funções. “Cada tecnologia traz vantagens e responde a necessidades específicas, pelo que as equipas devem ter acesso a formação que contribua para implementar as ferramentas mais adequadas a cada função”.
Além disso, “à medida que estas soluções tecnológicas evoluem e substituem algumas tarefas mais repetitivas ou operacionais, os colaboradores têm tempo para desenvolver competências interpessoais e únicas, que fazem a diferença no futuro da organização: comunicação, gestão de conflitos, liderança, pensamento crítico ou análise estratégica são algumas das soft skills inerentes ao ser humano e que merecem atenção em empresa híbridas”.
5 | Estar a par das tendências
Na mesma linha, “deve haver uma atenção contínua sobre as tendências no mercado tecnológico para que a empresa e as equipas beneficiem das ferramentas mais adequadas à sua produtividade”. A continuidade da operação e a constante otimização de resultados assenta na capacidade de adaptação e adoção de tudo o que possa auxiliar os colaboradores.
A digitalização de tarefas e trabalhos já está em curso, salienta Ricardo Martins. “Para todas as organizações que queiram continuar na linha da frente da inovação, é essencial conhecer as ferramentas de Inteligência Artificial que podem impactar positivamente a sua performance, consolidando a sua posição enquanto empresa híbrida num cenário em transformação.”
