Acorde Maior, ImpactOn e Skizo são os três finalistas do RISE for Impact, o programa de aceleração para startups de impacto social e ambiental da Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Os três finalistas vão incubar os seus projetos no Hub da Santa Casa e o vencedor será conhecido na Final, agendada para fevereiro.
A escolha das equipas vencedoras baseou-se na prestação de cada uma num Demo Day que contou com Elena Duran, empreendedora e fundadora da 55+, Francisco Miranda, empreendedor e fundador da SpotGames, Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, Joana Rocha, Investment Manager na Portugal Ventures, e João Borga, Diretor da Startup Portugal como jurados.
O programa RISE for Impact é destinado à aceleração de projetos que promovam inovação na resolução de problemas e necessidades sociais e ambientais, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.
Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, sublinha que “Pretendemos chegar aos empreendedores mais motivados, com sentido de missão e com propostas que promovam soluções inovadoras na resolução de problemas e necessidades sociais de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”
Os três Finalistas
Mariana Duarte Silva, fundadora do Village Underground, e Ana Rocha, advogada e mentora, são finalistas com o projeto Acorde Maior. Trata-se de uma escola de música em horário extracurricular com foco no ensino e divulgação da cultura e música urbana e contemporânea, onde se promove a diversidade e inclusão.
Mariana diz que “o RISE foi essencial no desenvolvimento de negócio do acorde maior. Chegámos com uma ideia de escola e alguma experiência de campo, mas no RISE passámos do sonho à realidade dos números e do mercado. Mas o melhor foi mesmo a quantidade de talento, criatividade, empenho e diversidade que chega das diferentes nacionalidades, todos juntos a trabalhar para o mesmo objetivo. Em 20 anos de projetos, nunca estive tão bem acompanhada e motivada.”
A ImpactOn, também finalista, analisa e seleciona projetos de impacto já existentes e, em conjunto com os seus fundadores, ajuda-os a convertê-los em projetos adaptáveis e acessíveis para outros empreendedores implementarem num outro contexto local.
Numa equipa já composta por quatro elementos, Meg Pagani é a fundadora e diz que “os desafios estruturais e a economia de impacto não conhecem fronteiras, mas faz toda a diferença onde se querem fixar. Na ImpactOn encontrámos na Casa do Impacto a localização que sonhávamos, porque se trata de muito mais do que um espaço. O mindset, os valores e a comunidade são o solo perfeito para todos os projetos nascerem e crescerem de forma a servir estas economias a nível nacional e internacional, enquanto trabalhamos no compromisso de encontrar e espalhar a nossa mensagem”.
Andreia Coutinho e André Facote fundaram a Skizo, que transforma plástico recolhido dos oceanos em sapatilhas personalizadas e fabricadas em Portugal, com as melhores técnicas e materiais disponíveis. “Sou empresário há 14 anos, mas nos últimos dois meses aprendi mais de negócio e de como o estruturar, do que em todo o meu percurso anterior. Esta aprendizagem já se está a refletir na Skizo, que atingiu há duas semanas o objetivo que tínhamos traçado para o ano, com a venda de mais de cem pares de sapatos.”, diz André.
O RISE for Impact teve a sua primeira edição este ano e o processo de seleção teve início em junho com 32 projetos e ideias de 89 candidaturas que participaram num bootcamp de 3 dias. A incubação dos três finalistas deverá prolongar-se até fevereiro de 2020. No final deste período será efetuada a apresentação dos três projetos finalistas, em sessão pública e presencial, para a atribuição de prémios: 3 mil euros para o primeiro lugar, 2 mil euros para o segundo e mil euros para o terceiro classificado, o que perfaz o total de 10.5 mil euros atribuídos pelo RISE.