Saiba como validar o seu negócio

É um projeto inovador, explica David Mota, porque ‘até agora ainda não encontrámos uma solução alternativa comparável.’ De forma simples, o IVO (Investimento Validado Online) analisa a informação financeira e diz se vale mesmo a pena avançar com o negócio.

‘Três anos depois de criar a minha primeira empresa, resolvi olhar para algumas estatísticas sobre o empreendedorismo em Portugal e verifiquei que 1 em cada 3 portugueses manifesta interesse em criar o seu próprio negócio, mas que 83% diz não avança na concretização do seu projeto porque tem medo de falhar.’ Para David Mota as estatísticas impressionam: ‘em 2015 foram criadas mais de 140 empresas por dia, mas apenas 1, em cada 3 empresas, sobrevive até ao final do 3º ano de atividade’.

A alta mortalidade das novas empresas tem sobretudo a ver com falta de lucros, e para o fundador do IVO, as causas podem ser muitas. ‘Mas há um facto muito concreto que fui observando ao longo do meu percurso: são raros os empreendedores que conseguem explicar os números dos seus projetos de forma estruturada e sólida. Isto significa que muito provavelmente não os conhecem devidamente e, por isso, também não os utilizam para tomar decisões mais informadas.’ Foi desta constatação que nasceu o IVO, no início de 2016, sublinhou David Mota.

O projeto foi idealizado e desenvolvido pelo David, ainda que na fase de desenvolvimento tecnológico tenha contado com o apoio da BusinessConfig. Com formação em Gestão de Empresas David Mota explica que ‘a maior dificuldade foi encontrar a versão base do software que fosse mais simples e transversal possível aos vários sectores de atividade. Depois disso encontrar o pricing adequado foi, e continua a ser, outro dos desafios mais interessantes’.

Como recomendação para quem está a iniciar um negócio David Mota recomenda duas coisas: testem o seu negócio no IVO e procurem conhecer ao máximo o perfil do cliente a que se destina o produto. ‘Sem esse conhecimento, tudo fica mais longe de correr bem. Temos de sair da nossa forma de pensar e das nossas ideias pré-concebidas para ir de encontro às verdadeiras necessidades do público-alvo. E para tal, é também necessário definir previamente esse mesmo público-alvo’ sublinha.

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Jornalista e formador. Sou um entusiasta das relações humanas e interesso-me particularmente por questões de liderança e problemáticas organizacionais.

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