Setor do Franchising em Portugal cresce mais de 7% em plena pandemia

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O setor do franchising em Portugal cresceu em 2020, de acordo com o inquérito da APF – Associação Portuguesa de Franchising, que engloba dados de mais de 2000 empresas.

Apesar das profundas dificuldades à economia mundial, com a crise pandémica a afetar praticamente todos os setores de negócio, o setor do franchising teve um crescimento em Portugal superior a 7%.

Segundo um inquérito realizado pela APF – Associação Portuguesa de Franchising, junto das marcas de franchising que operam no território nacional, em 2020 foram inauguradas 159 unidades de marcas em franchising. Destas, 137 unidades foram franquiadas, 8 foram unidades próprias e 14 corresponderam a marcas Portuguesas que inauguraram unidades no estrangeiro.

A APF apurou também que, destas unidades, o setor imobiliário foi o que registou o maior crescimento. Em 2020, este setor registou um crescimento de 29% de aberturas de unidades, seguida pelo setor obras/arquitetura com mais 24% de aberturas, bem como o setor de vending, com 20%.

Os setores com um maior número de encerramento de unidades foi o setor das obras/arquitetura que, apesar de ter registado 24% de aberturas de novas unidades, registou também um encerramento de 45%. O retalho alimentar representa 15,7% dos encerramentos, seguido do setor imobiliário com 9,8% das unidades encerradas em 2020. É importante salientar que algumas das empresas encerradas já se encontravam numa situação bastante frágil, mesmo antes da pandemia.

Apesar destes 51 encerramentos, o saldo de aberturas é claramente superior e, segundo a APF,  demonstra que o franchising continua a ser uma aposta segura e que se expande em momentos de crise, também revelando que o apoio que o franquiador oferece aos seus franquiados é precioso para que os mesmos se mantenham ativos.

Na opinião de Cristina Matos, CEO da APF, “conseguiu-se, através deste inquérito que engloba dados de mais de 2.000 empresas, apurar que o franchising continua a afirmar como a melhor forma de empreender, incluindo em momentos de crise económica. O panorama global demonstra que existiu um grande número de unidades a serem inauguradas em plena pandemia, apesar de se terem registado algumas unidades encerradas, que não resistiram à crise mundial, mas que já traziam fragilidades, tendo a crise agravado esse cenário”.

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