O denunciante norte-americano Edward Snowden participará na edição de 2019 do Web Summit, no início de novembro em Lisboa. Snowden que é considerado “fugitivo” pelas autoridades dos Estados Unidos, falará por videoconferência, a partir da Rússia, onde recebeu asilo político.
Snowden teve destaque no noticiário mundial depois de divulgar informações classificadas da Agência de Segurança Nacional (NSA) em 2013, redefinindo a visão mundial de espionagem com tecnologia.
No Web Summit, Eduard Snowden deve revelar a história por trás do seu trabalho para a NSA, e como ele ajudou a construir um massivo sistema de vigilância que coletou milhões de telefonemas, mensagens de texto e emails de cidadãos norte-americanos e por que ele decidiu expô-lo da maneira como fez, em vez de seguir o padrão protocolo.
A palestra de Snowden será transmitida em direto, com o antigo espião a responder a perguntas de um moderador no palco, durante um evento que deverá reunir mais de 70 mil pessoas na maior conferência tecnológica do mundo.
Snowden mora na Rússia desde 2013. Ele não pode viajar para o Ocidente por medo de ser detido em países que têm tratados de extradição com os Estados Unidos. Apesar de ser visto por muitos ativistas de direitos civis como um herói, as autoridades dos Estados Unidos querem que ele seja julgado por espionagem.
Recentemente os Estados Unidos reforçaram a pressão para impedir que Snowden lucrasse com a publicação do seu livro que, de acordo com a legislação norte-americana, o seu conteúdo deveria ser revisto pelos serviços de segurança.
Além de Eduard Snowden, o Web Summit conta com a participação de Margrethe Vestager, a Comissária Europeu da Concorrência; o ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair; ex-boxeador profissional, Wladimir Klitschko; Guo Ping, presidente rotativo da Huawei e Katherine Maher, CEO da Wikipedia.