Startup Abtrace financia-se em 2,4 milhões de euros

Foto: Equipa da Tecnológica de saúde Abtrace

A startup tecnológica de saúde utiliza machine learning em dados clínicos para melhorar a monitorização de doenças crónicas pré-existentes e a identificação precoce de novas doenças. Com este financiamento espera potenciar a presença no mercado dos cuidados de saúde primários bem como avançar na inovação do produto com foco na deteção precoce de cancro.

A Abtrace, startup tecnológica de saúde criada em 2018 com operações em Portugal e no Reino Unido, anunciou hoje que fechou com sucesso um financiamento no montante de 2,4 milhões de euros. Este financiamento inclui uma ronda de capital de 1,3 milhões de euros, liderada pela Faber, sociedade de capital de risco portuguesa, com a participação da Ganexa Capital e financiamento da agência de inovação britânica INNOVATE-UK.

O software, baseado na cloud, apoia os profissionais de saúde na monitorização de doenças crónicas, utilizando dados armazenados nos registos eletrónicos de saúde, juntamente com ferramentas de Inteligência Artificial, para agilizar e melhorar decisões clínicas nos cuidados de saúde primários.

“Este financiamento permitirá à Abtrace transformar o que é hoje uma ferramenta baseada em dados que monitoriza e automatiza o cumprimento das diretrizes de atuação clínica e evita múltiplas visitas ao médico, numa plataforma inteligente que acompanha em tempo real a jornada do doente nos cuidados primários, desde a gestão e monitorização das condições pré-existentes até à identificação precoce de novas doenças”, afirma o CEO da Abtrace, Umar Naeem Ahmad.

“Estamos muito entusiasmados com a ambição da Abtrace e, como primeiros investidores, muito empenhados em apoiar a equipa a atingir a sua missão. A solução que estão a desenvolver tem um potencial transformador no plano dos cuidados de saúde primários e é um excelente exemplo de como as tecnologias com base em dados poderão servir a indústria da saúde e o bem-estar da sociedade”, afirma Sofia Santos, Partner da Faber.

A empresa já tinha assegurado 2,3 milhões de euros através do programa Wild Card do EIT- Health e da UKRI e tem em curso um projeto com centros de saúde do Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS) abrangendo mais de meio milhão de pacientes no desenvolvimento de algoritmos para a deteção precoce de novas doenças, particularmente o cancro, potenciando o impacto deste produto.

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