Sustentabilidade e IA impulsionam novas oportunidades para fornecedores de rede

Estudo revela crescente procura de empresas por orientação estratégica em ESG e inteligência artificial

Na foto: Buddy Bayer, Chief Operating Officer da Colt Technology Services

A crescente pressão para a adoção de práticas sustentáveis está a transformar a relação entre empresas e fornecedores de rede. O mais recente Digital Infrastructure Report, publicado pela Colt Technology Services, revela que as empresas esperam dos seus fornecedores não apenas serviços tecnológicos, mas também aconselhamento estratégico em sustentabilidade e inteligência artificial.

O estudo, que inquiriu 1.500 CIOs de organizações nas regiões da Ásia, Américas, Europa e Médio Oriente, destaca que 22% dos inquiridos procuram apoio junto dos seus fornecedores de rede para a reutilização e reciclagem de hardware, percentagem que sobe para 38% no Luxemburgo. Já 21% manifestam interesse em compreender o impacto da inteligência artificial nos seus objetivos de sustentabilidade, enquanto 20% procuram orientação sobre as melhores práticas nesta área. Além disso, a conformidade com as metas de Scope 3 é uma preocupação crescente, com um quinto dos CIOs a querer esclarecimentos sobre o tema.

Para Buddy Bayer, Chief Operating Officer da Colt Technology Services, este cenário representa uma oportunidade significativa para os fornecedores de infraestruturas digitais. “As empresas estão a dizer-nos claramente o que querem. Perante isto, cabe-nos, enquanto proprietários de uma infraestrutura digital responsável e sustentável, responder à altura. É uma tremenda oportunidade de negócio.”

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Sustentabilidade como fator determinante na escolha de fornecedores

As preocupações ambientais e sociais tornaram-se fatores decisivos na seleção de fornecedores. O estudo mostra que 69% dos CIOs consideram o acesso a relatórios sobre emissões de Scope 3 como o critério mais importante na tomada de decisão. Já 68% apontam a importância de iniciativas robustas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), percentagem que sobe para 85% em Hong Kong.

Outro fator determinante para 68% dos inquiridos é a existência de metas de redução de emissões de carbono baseadas em dados científicos. Além disso, 30% consideram essencial que os fornecedores ofereçam serviços que ajudem as empresas a reduzir o seu próprio impacto ambiental. Ter uma estratégia abrangente de sustentabilidade é igualmente valorizado por 65% dos CIOs.

Quando questionados sobre o que fariam se os valores ESG dos seus fornecedores não estivessem alinhados com os seus, 62% indicaram que sugeririam uma revisão das metas, enquanto 16% afirmaram que abandonariam o fornecedor.

Foto de Press Foto em Freepik

Papel crescente dos CIOs na estratégia de sustentabilidade

Os resultados do estudo indicam que as estratégias de sustentabilidade das empresas estão cada vez mais sob a responsabilidade dos CIOs. Mais de 70% dos inquiridos afirmaram ser total ou parcialmente responsáveis por estas iniciativas, o que reforça a importância de parcerias com fornecedores que ofereçam suporte especializado nesta área.

A procura por soluções sustentáveis não se limita à responsabilidade social, mas estende-se também a questões operacionais. Cerca de 20% dos CIOs afirmam procurar informações sobre a otimização geográfica, nomeadamente a escolha de centros de dados que utilizem energia renovável. Uma percentagem idêntica (20%) procura aconselhamento sobre a otimização temporal, como a transferência de cargas de trabalho para horários de menor consumo energético, percentagem que sobe para 26% na Alemanha e Hong Kong.

A comunicação das emissões de carbono é outra área onde os CIOs esperam apoio dos fornecedores de rede, com 19% a indicar este fator como prioritário. No Reino Unido, a percentagem sobe para 26% e em Hong Kong para 25%, enquanto França regista uma adesão mais baixa, com apenas 11%.

A flexibilidade na gestão da rede e a adoção de modelos de consumo ajustáveis são também fatores-chave. Cerca de 18% dos CIOs procuram apoio para implementar redes flexíveis e baseadas no consumo, enquanto 19% desejam recomendações sobre as melhores práticas ambientais. Na Bélgica, esta percentagem atinge os 28%.

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