A sustentabilidade já não pode ser encarada como uma tendência passageira. Para João Costa, country manager da ERA Group, a adoção de práticas ESG é uma exigência estratégica, essencial para garantir a competitividade das empresas num mundo em constante mudança.
“O tecido empresarial tem uma responsabilidade crucial na implementação de práticas ESG que gerem impacto positivo e consolidem a reputação das marcas. Sem mudanças estruturais e consistentes, as organizações não conseguirão responder às exigências do mercado e da sociedade”, sublinha João Costa.
Com base nesta visão, o responsável do ERA Group, empresa especializada em otimização de custos e processos, identifica quatro áreas fundamentais para integrar a sustentabilidade na estratégia empresarial:
1 | Cadeia de abastecimento sustentável como vantagem competitiva
A adoção de energias renováveis, a redução do desperdício e a incorporação de materiais recicláveis são passos essenciais para tornar a cadeia de abastecimento mais eficiente.
A escolha de parceiros e fornecedores que partilhem os mesmos valores ambientais não só melhora a pegada ecológica da empresa, como também reforça a confiança dos consumidores e reduz custos operacionais.
Além disso, a aposta em soluções logísticas mais sustentáveis, como veículos elétricos e armazenamento descentralizado de energia, pode impulsionar a competitividade e melhorar a reputação empresarial.
2 | Responsabilidade social como motor de inovação
A sustentabilidade empresarial não se limita ao ambiente. As empresas devem garantir condições de trabalho justas, diversidade nas equipas e relações éticas com stakeholders.
Integrar a responsabilidade social na cultura organizacional contribui para maior bem-estar dos colaboradores e fortalece a ligação com a comunidade. A transição para uma economia verde pode criar até 24 milhões de empregos até 2030, segundo a Organização Internacional do Trabalho, tornando o investimento na qualificação e formação dos trabalhadores essencial para a sustentabilidade do mercado laboral.
3 | Monitorização contínua para uma gestão eficaz
A implementação de auditorias regulares e relatórios de sustentabilidade permite às empresas acompanhar e ajustar as suas estratégias ESG em tempo real.
A taxonomia europeia oferece um quadro claro para medir e classificar atividades sustentáveis, ajudando as empresas a aceder a financiamentos e incentivos para acelerar a transição para modelos de negócio mais verdes.
A governança eficaz passa também por integrar ferramentas de avaliação de impacto, garantindo que a sustentabilidade não é apenas um compromisso, mas uma prática efetiva e mensurável.
4 | Tecnologia como acelerador da transformação sustentável
As inovações tecnológicas desempenham um papel central na implementação de práticas ESG. Com o blockchain é possível rastrear produtos e componentes ao longo da cadeia de valor, assegurando transparência e confiabilidade.
Também a Inteligência Artificial (IA) otimiza processos, melhora a gestão de stocks e reduz desperdícios, ajudando a minimizar a pegada de carbono. Quando aplicadas em conjunto, estas tecnologias não só aumentam a eficiência empresarial, como reforçam o compromisso com um modelo de negócio mais sustentável e inovador.
Conclusão
A sustentabilidade já não pode ser vista como uma simples opção. Como destaca João Costa, a integração de práticas ESG é uma exigência estratégica para qualquer empresa que queira prosperar num mercado cada vez mais exigente.
Adotar cadeias de abastecimento sustentáveis, investir na responsabilidade social, garantir uma governança eficiente e apostar na inovação tecnológica são os pilares para construir negócios resilientes e alinhados com as expectativas da sociedade e dos consumidores.