Switch – Networking Unplugged: Ver e ser visto

Pedro Caramez, da Linked Portugal; Margarida Calado, da Microsoft; e Carla Vaz Paulo da Corporate Coach foram os oradores do evento de networking organizado pela Incubadora Taguspark, We Love Social, Empreendedor.com e pela Microsoft.

Para Pedro Caramez, o caminho passa por estar presente no Linkedin, e para isso há 7 passos essenciais para ser bem-sucedido na rede social que reúne 400 milhões de profissionais. Em primeiro lugar ajustar e posicionar o seu perfil aos seus objetivos e níveis de privacidade, depois conectar-se às pessoas certas e associar-se aos grupos onde possa valorizar o seu perfil profissional. Por fim, pesquisar oportunidades, desenvolvendo a sua rede de relações e, sobretudo ter o cuidado de manter uma linha coerente e constante para criar uma imagem forte e credível.

‘O Linkedin não é uma caderneta de cromos’, explicou Pedro Caramez, ‘seja criterioso com quem junta à sua rede de contactos’, dela depende por quem vai ser visto. Há mais de 2,5 milhões de grupos temáticos no Linkedin, ‘escolha aqueles onde pode fazer atividade de networking ou onde pode encontrar oportunidades’.

A rede social também é uma boa ferramenta para quem procura emprego. Só na página oficial de emprego do Linkedin são apresentadas mensalmente mais de um milhão de ofertas mas, para Margarida Calado, consultora de recrutamento na Microsoft, se procura empregos em Portugal, uma boa opção é contactar diretamente através das páginas de recrutamento das empresas.

Mas com, ou sem redes sociais há sempre o outro lado da questão: ‘como fazer para ser visto?’ E, se provavelmente já ouviu conselhos para ‘ser original’, Margarida Calado recomenda-lhe que ‘não exagere’. Currículos muito originais podem ser contraproducentes, o segredo passa mais por ser simples e legível. Use a criatividade de acordo com a função, porque verdadeiramente o que um empregador valoriza são as competências e as soft skills. ‘Na Microsoft não temos dúvidas em rejeitar alguém que, apesar de um currículo extraordinário, não tenha as soft skills que procuramos’, sublinhou Margarida Calado.

Com efeito, o capital humano é, para a coach Carla Vaz Paulo, ‘a maior riqueza de uma empresa’, e os atributos dos seus colaboradores são essenciais para o sucesso de uma organização. Identificar os diferentes estilos de comportamento e associá-los às necessidades de cada departamento da empresa é vital para evitar conflitos.

Um líder deve possuir soft skills de liderança como: saber comunicar e ter capacidade de influenciar; gostar de desafios e saber gerir a mudança; ainda, capacidade na resolução de conflitos e ser exemplo para outros. Este é o conjunto de soft skills desejadas para o perfil do líder do projeto, já o responsável pelo departamento financeiro, ou pela qualidade do produto, deve estar mais focado no detalhe.

Não é boa ideia ter dois líderes em competição, e muito menos ter profissionais com perfis comportamentais desadequados às necessidades de cada serviço. Por exemplo, o detalhista é lento a decidir, enquanto o dominante corre riscos que podem ser indesejáveis para uma organização.

‘O principal papel do empreendedor é entender a sua equipa e adequá-la às necessidades da sua empresa’, defendeu Carla Vaz Paulo. Por vezes essa avaliação passa pelo próprio empreendedor que deve identificar as suas fragilidades e aperfeiçoá-las, para não pôr em causa o sucesso da sua organização.

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