A Randstad divulgou hoje a sua análise dos dados estatísticos de dezembro de 2023, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e Segurança Social, destacando a estabilidade na taxa de desemprego em Portugal.
Segundo o INE, o mês de dezembro testemunhou um aumento ligeiro no emprego, com mais 1.000 pessoas empregadas (+0,2%), totalizando 4.950.300. A população ativa também registou um acréscimo de 600 pessoas. O equilíbrio entre o aumento de empregados e a diminuição de desempregados manteve a taxa de desemprego constante nos 6,6%, pelo segundo mês consecutivo.
A análise por género mostra uma dinâmica diferenciada, com uma diminuição de 1.400 homens desempregados (-0,8%), enquanto 1.000 mulheres ingressaram na situação de desemprego (+0,6%). Na segmentação por faixa etária, observou-se uma redução no desemprego entre adultos (25-74 anos) em 500 indivíduos, mas um aumento de 100 pessoas no grupo dos 16 aos 24 anos.
Na perspetiva interanual, houve um aumento de 85.000 empregados e um crescimento na população ativa de 80.700 pessoas, alcançando 5.297.700 ativos. A taxa de emprego situou-se em 64,3%, representando um leve aumento em comparação com o ano anterior.
No entanto, os dados do IEFP indicam um aumento mensal tanto nos pedidos de emprego (+0,6%) como no número de desempregados registados (+1,7%) em relação a novembro. Este aumento foi mais pronunciado para homens (+3,7%) do que para mulheres (+0,2%).
Regionalmente, houve aumento do desemprego no Algarve (+18,4%), Alentejo (+5,3%), e Centro (+0,7%), enquanto os Açores apresentaram uma ligeira diminuição (-0,6%). O Norte continua a liderar em número de desempregados registados, seguido por Lisboa.
Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, faz um balanço positivo do mercado de trabalho em 2023, apontando, no entanto, para uma tendência de crescimento do desemprego na segunda metade do ano, quer todavia não afetou a tendência de diminuição global do desemprego em 2023.
“Vimos que as estatísticas de desemprego apresentaram uma tendência de crescimento a partir da segunda parte do ano, apesar de ter sigo registada uma diminuição do desemprego em 2023. O mercado de trabalho foi mostrando sinais de crescimento, embora também uma tendência de abrandamento no decorrer do ano, com variações mensais menos expressivas”, salientou.