A Colt celebra 20 anos de presença em Portugal com o reforço no investimento na sua subsidiária portuguesa. Ao mesmo tempo a empresa pretende chegar aos 140 novos colaboradores até ao final do ano.
A multinacional de telecomunicações, com sede no Reino Unido, tem feito investimentos significativos no nosso país em infraestruturas e rede de comunicações digitais e de voz. Segundo a empresa, o reforço do investimento em Portugal tem em conta a posição estratégica do país no contexto da expansão da conectividade entre a Europa, a América Latina, a América do Norte, a África e a Ásia, quer através da ampliação das rotas da sua rede terrestre, quer do potencial disponibilizado pelos cabos submarinos que aterram em Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos.
Atualmente a Colt dispõe em Portugal de 830 km de rede de fibra ótica e1.700km adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando centros de dados, e escritórios nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Agora, a empresa avalia novos investimentos na criação de mais rotas entre Portugal e Espanha, assim como de novas ligações em Portugal, nomeadamente em Sines e nas restantes zonas de amarração dos cabos submarinos.
“Os cabos submarinos são a espinha dorsal da infraestrutura global de comunicações. Atualmente existem mais de 400 cabos submarinos em serviço em todo o mundo e até 2025 serão 445. Portugal detém uma posição única no contexto do desenvolvimento das comunicações a nível mundial: beneficia de uma posição geográfica estratégica com os seus 5 centros de amarração (Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos) de cabos submarinos que ligam a Europa à África e às Américas, e possui inúmeras rotas de comunicações terrestres que permitem e potenciam as ligações da Península Ibérica ao Norte da Europa”, salienta Carlos Jesus, Country Manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt.
“Temos, por isso, um papel fulcral a desempenhar na diversificação da conectividade e no que diz respeito a evitar a saturação das redes. Além disso, o nosso país é uma verdadeira porta de entrada para a Europa, uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores” afirma
Novos cabos submarinos criam oportunidades para Portugal
A aceleração da transformação digital e o aumento do trabalho remoto provocados pela pandemia, bem como a emergência dos novos modelos de trabalho híbrido no pós-pandemia e as mudanças decorrentes da guerra na Ucrânia, transformaram os serviços de rede num fator ainda mais crítico para o funcionamento diário das empresas em todo o mundo. Entre as tecnologias que garantem o funcionamento destes serviços destacam-se os cabos submarinos que ligam continentes e países e que já são responsáveis por 99% do trafego global.
A capacidade de Portugal no que toca aos cabos submarinos que ligam a Europa à África e às Américas irá aumentar significativamente nos próximos anos. Às atuais ligações, em funcionamento, irão juntar-se mais 3 novos cabos: o Equiano da Google, o 2Africa do Facebook e o Medusa da AFR-IX. O que, segundo Carlos Jesus, “representa um importante reforço do poder do hub de conectividade português”.
Acresce que nos últimos anos em Portugal os investimentos em infraestrutura de banda larga e na transformação digital têm sido muito intensos e a economia digital nos últimos 10 anos registou uma evolução sem precedentes. “Fatores que se conjugam para estarmos perante uma oportunidade única para fomentarmos o investimento em centros de dados, serviços de cloud e de edge computing – as tecnologias do futuro, em Portugal.”
Visando fortalecer a sua presença em Portugal e na Península Ibérica, bem como ampliar o poder do seu hub de conectividade português à escala mundial, a Colt fez no ano passado investimentos muito importantes na sua rede de comunicações reforçando-a com mais 600kms adicionais de fibra entre Portugal e Madrid, com a criação de novas ligações entre Madrid, Paris, Toulouse e Marselha, em mais de 2400km, que potenciaram uma ligação direta entre Lisboa/Porto/Bilbao/ e entre Lisboa/Madrid/Toulouse/Marselha através dos Pirenéus reforçando a capacidade das ligações com o Norte da Europa e destas com os EUA.
Chegar aos 140 colaboradores até ao final do ano
Para responder ao aumento da procura que a empresa está a registar tanto em Portugal, como no resto do mundo, a subsidiária portuguesa prossegue com a sua estratégia de contratação de mais talentos em Portugal, de modo a chegar aos 140 colaboradores até ao final 2022. O reforço das equipas no nosso país tem como objetivo aumentar a capacidade de resposta da empresa face às necessidades crescentes dos clientes nacionais e internacionais, e que decorrem do incremento da mão-de-obra remota e da procura acrescida por soluções mais duradouras, resilientes, seguras, elásticas e preformantes.
Entre os profissionais procurados estão os software developers (Full Stack Developers, UI Developers, Application developers); especialistas de segurança (Network Virtualisation & Security Specialists/ Consultants); especialistas de redes IP (SDWAN and NFVi); e profissionais para as áreas de gestão e de suporte aos clientes.