O estudo Global Human Capital Trends 2024 da Deloitte revelou que 53% dos trabalhadores reportaram um aumento de stress, enquanto 28% expressaram receio de que a tecnologia possa substituir os seus empregos. À medida que as mudanças tecnológicas e culturais redefinem o panorama do trabalho, as organizações enfrentam o desafio de priorizar o fator humano.
O relatório da Deloitte destaca a necessidade das organizações adotarem uma abordagem de sustentabilidade humana, concentram-se menos em como as pessoas beneficiam as empresas e mais em como as empresas podem beneficiar as pessoas. No entanto, apesar da importância reconhecida da sustentabilidade humana, apenas 46% das organizações estão a tomar medidas para abordar esta questão.
Além disso, o estudo identifica uma lacuna entre as perceções dos líderes empresariais e dos trabalhadores. Enquanto 89% dos executivos afirmam que as suas organizações promovem a sustentabilidade humana, apenas 41% dos trabalhadores concordam. O aumento do stress no trabalho e a ameaça de substituição por tecnologia são os principais desafios enfrentados pelos trabalhadores, destacando a necessidade de as organizações priorizarem o bem-estar dos seus colaboradores.
Outras tendências identificadas no estudo incluem o uso da transparência para criar confiança, uma nova abordagem às métricas de produtividade, a importância da imaginação humana na era da inteligência artificial, a criação de espaços de criatividade e exploração, a valorização das microculturas no ambiente de trabalho, a evolução da função de recursos humanos e a necessidade de liderança para impulsionar o potencial humano.
Nuno Carvalho, partner da Deloitte, enfatiza a importância de as organizações reconhecerem o papel fundamental das pessoas e adotarem estratégias que promovam a sustentabilidade humana. Ele destaca que priorizar a sustentabilidade humana não é apenas uma opção, mas uma necessidade para o sucesso financeiro e o impacto positivo na sociedade.
