Sendo a geração que irá tomar as rédeas do trabalho até agora realizado pela Geração X, os Millennials, ou Geração Y, estão longe de seguir os padrões laborais das gerações precedentes e vêm romper com o tradicional e o dogmático.
Em sociologia, afirma-se que a linhagem dos Millennials se refere aos indivíduos nascidos dos anos 80 até ao início do ano 2000.
Há quem diga que os Millennials são a geração mais bem preparada, a nível académico e de capacidades proactivas, da História. São os que mais criam, mais inovam, que mais e melhor pensa out of the box. No entanto, é a geração que mais sofre pelos erros levados a cabo pelos seus antecessores.
O pensamento de queixas e lamentos transformou-se para estes indivíduos. Se antes havia um emprego para a vida, essa definição caiu em desuso – e vai cair ainda mais com a Geração Z.
Existe uma paixão inata pela tecnologia e uma cultura de procura da informação em diversos canais, não esperando que ela lhe apareça à porta. Muitos dos novos milionários, como Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin, Philip Kimmey e Mark Zuckerberg, fundadores de startups que se tornaram um sucesso, fazem parte desta geração.
Em Portugal, seguimos esse exemplo com pessoas como Miguel Pina Martins (Science4You), Marco Costa (Boca do Lobo) e Virgílio Bento (SWORD), entre outros.
Nunca uma geração criou tanto, falhou e repetiu sem parar, sempre na procura do sucesso.
Mas o que é que esta geração tem de tão díspar que é considerada aquela que irá revolucionar (ou salvar) o Mundo?
É a força de trabalho global que melhor capta as novidades e as utiliza em diversos meios, e que partilha esses meios com a comunidade, procurando feedback em vez de impor o que quer que seja. Representa um grupo de mais de 2 mil milhões de pessoas, onde muitas delas preferem ter o seu negócio em vez de trabalharem para alguém.
Nunca uma geração criou tanto, falhou e repetiu sem parar, sempre na procura do sucesso. E, depois de alcançado, continua a criar e a falhar. Este é um dos pontos em que mais se diferencia das gerações passadas. Não tem medo de errar as vezes que forem precisas.
São impacientes e imprevisíveis e preferem um projecto e uma equipa em vez de se focarem apenas na faturação.
Têm a palavra flexibilidade como a maior aliada do seu dia-a-dia. O horário das 9 às 5 desaparece, assim como a figura cinzenta de um escritório físico. Há necessidade do local de trabalho se adaptar a eles e não o inverso.
São autónomos e gostam de planear cuidadosamente os próximos passos, no entanto, há uma grande maioria que prefere explorar e arriscar sem medir exaustivamente as consequências. Essas aventuras tornam-se em falhanços tremendos ou em ideias de negócio que revolucionam o mercado.
Apesar de tudo, a vida pessoal tem um papel de destaque. São workaholics q.b. e têm de se desligar do trabalho para fazerem reboot e começarem de novo.
Será interessante saber o que a Geração Z irá fazer depois de os Millennials tomarem o poder. Sendo ainda mais rebeldes, mas menos empreendedores e realistas, haverá um fosso enorme entre gerações, que tenderá a aumentar nas gerações vindouras, ou irão adaptar-se e, quiçá, conseguirem-se aliar numa “mega-geração” que jamais pensaríamos ver?