Três passos para tirar maior partido da Era Digital nos negócios

Os desafios da Era Digital para o Empreendedorismo
Foto: Pixabay

Na Era da Transformação Digital, apenas as empresas que adotem estratégias disruptivas na sua estrutura, cultura e processos, se tornarão competitivas no mercado global.

Atualmente, tornou-se claro que as empresas com maior probabilidade de sobrevivência são as que melhor e mais rapidamente se adaptam às mudanças e se este é o século de todos os desafios para os empresários, eis mais um.

É urgente colocarem as suas empresas na era digital, seja qual for o produto ou serviço que vendem. Não se trata de uma opção, mas sim de uma obrigação.

Para os mais incautos, não é o mesmo do que ter um site e apresentar no mesmo, é interagir diretamente com os seus clientes, analisar perfis de consumo, tendências e objetivos. Para tal, é preciso mudar rotinas internas e a visibilidade para o exterior e apostar fortemente nas novas plataformas tecnológicas. Os resultados irão surgir sob a forma de aumento das vendas.

O crescimento das vendas é uma métrica fundamental para avaliar a saúde financeira em todas as organizações, especialmente nas PME, onde a chamada contabilidade “criativa” não tem expressão. É por isso que o aumento nas vendas é tão importante no acesso aos estatutos PME Líder ou PME Excelência.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Altimeter, entre as empresas que já implantaram a transformação digital, 41% aumentou o seu marketshare e 30% o nível de faturação ao consumidor. Por seu lado, 37% das organizações diz ter registado um crescimento da relação do consumidor em canais digitais, enquanto 32% verificou um aumento no número de visitantes no site e canais digitais.

Na verdade, a transformação digital é um caminho de sentido único e obrigatório, pelo que vos indico o que poderão ser três vetores de uma estratégia de transformação digital na vossa PME.

 

 #1 O que pretende transformar primeiro?

Como em qualquer projeto, em primeiro lugar importa definir o objetivo e âmbito que é preciso delimitar, com o maior rigor possível, e a que mercado ou consumidores a empresa pretende chegar. Não devemos preocupar-nos com a possibilidade de transformação de todo o modelo de negócio, até porque os mercados a isso exigem, sob pena de nos tornarmos obsoletos. A transformação digital será sempre disruptiva.

Importa fazer contas ao budget e desenhar, a partir daí, uma abrangente e efetiva transformação digital que enquadre todos os setores da organização.

Independentemente do caminho escolhido lembre-se de que a tecnologia deverá ser sempre vista como uma importante aliada para a captação de clientes, para o processamento de pedidos e pagamentos, para a entrega de produtos e serviços em tempo útil e para a melhoria do relacionamento e do serviço pós-venda. É isto a transformação digital.

Os riscos de perdermos um cliente já são elevados, mas não podemos perder um cliente porque não respondemos com qualidade, não podemos perder um cliente que reclamou e não recebeu qualquer feedback do nosso lado.

Se tem dúvidas se este é o caminho, faça um simples teste e, numa rede social, peça, por mensagem privada,  o preço de um produto, pode ser de um vestido ou de uns sapatos. É impressionante a rapidez e personalização da resposta! Será que teremos lojas daqui a 10 ou 20 anos, ou vamos comprar tudo online? O futuro o dirá.

 

 #2 Aumente o digital engagment

Estamos a falar do uso de tecnologias de informação e comunicação para apoiar, aprimorar ou ampliar os processos de interação com os stakeholders. Por exemplo, o Engajamento Digital usa ferramentas e canais digitais para encontrar, ouvir e mobilizar uma comunidade em torno de um problema, um problema que nos interesse que seja debatido e fazê-los falar sobre isso.

O conceito de digital engagment tem vindo a ganhar relevância num contexto de transformação digital cada vez mais relevante no seio das organizações. A transformação dos hábitos de compra do consumidor/cliente é relevante e surge claramente associada também à forma como a inovação e a existência de múltiplos canais de entrada de clientes somam valor à nova sociedade digital.

Nesse sentido, importa às organizações adotar estratégias neste âmbito, através de medidas tão simples como a automatização do processo de pesquisa, realização de inquéritos nas redes sociais e de interação com o cliente, mais uma vez, a transformação digital.

Alguém acredita que as empresas conseguem gerir clientes com base em ferramentas de correio eletrónico? Os emails não são mais do que um canal de entrada (um dos tais multicanais) que convém que estejam direcionados a ferramentas de Gestão Documental, suportadas em potentes motores de workflow e que permitam feedback rápido e assertivo.

 

 #3 Melhore a experiência do cliente

Melhorar a experiência de compra dos clientes é meio caminho andado para o sucesso do negócio. Os Gurus do Marketing já há muito tempo nos ensinaram que clientes satisfeitos são boa publicidade, mais ainda numa altura em que as redes sociais assumem um peso relevante no processo de compra. Claro que esta situação tem mais expressão numa relação B2C, mas em B2B também existem menos clientes e como tal a atenção e rigor no tratamento dos mesmos devem ser ainda mais assertivos.

Considere na sua estratégia a adoção de conceitos consumer centric e experience centric. O primeiro está focado na entrega de valor ao cliente, enquanto o segundo diz respeito a tudo aquilo que o cliente pode obter.

Ser consumer centric permite, desde logo, desenvolver características nos produtos e serviços com três objetivos principais: responder às necessidades específicas dos consumidores (conscientes ou não); solucionar problemas crónicos ou prevenir que estes apareçam; e criar benefícios adicionais que tragam maior valor ao que se está a oferecer.

Contas feitas, a empresa deverá focar-se claramente na entrega de valor ao cliente, disponibilizando-lhe um serviço cada vez melhor. No final do dia ganha o cliente, porque tem o que necessita e ganha a marca/empresa, o que acaba por se refletir nas receitas da própria organização a médio/longo prazo e garantindo a sua sustentabilidade.

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