UE Define Metas Históricas para Redução do Desperdício Alimentar Até 2030

União Europeia adota metas para reduzir desperdício alimentar, mas Too Good To Go alerta que objetivos ainda estão aquém do necessário.

Foto de Jcomp em Freepik

A União Europeia adotou oficialmente as primeiras metas vinculativas para a redução do desperdício alimentar, exigindo que os Estados-Membros diminuam em 10% o desperdício na produção e transformação e em 30% no retalho, restauração e habitações até 2030. A decisão faz parte da revisão da Diretiva-Quadro dos Resíduos e representa um avanço no combate a um problema global que contribui para 10% das emissões de gases com efeito de estufa e gera perdas anuais superiores a 1,1 biliões de euros.

Apesar do reconhecimento da importância do acordo, a Too Good To Go, empresa de impacto social e certificada B Corp, alerta que os objetivos definidos pela UE ficam aquém da meta global das Nações Unidas, que prevê a redução do desperdício alimentar para metade até 2030 no âmbito do ODS 12.3.

Para garantir que os compromissos assumidos se traduzam em mudanças concretas, a Too Good To Go apela à implementação de políticas nacionais mais eficazes, incluindo relatórios obrigatórios de desperdício para empresas do setor alimentar, eliminação de ineficiências na cadeia de abastecimento e incentivos para práticas sustentáveis.

Maria Tolentino
Na foto: Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go em Portugal

Ações em Portugal e Impacto da Too Good To Go

A Too Good To Go tem sido um dos principais agentes na luta contra o desperdício alimentar. Em 2024, a comunidade da plataforma em Portugal salvou 1,5 milhões de Surprise Bags, evitando a emissão de mais de 4 milhões de kg de CO₂e. A empresa também tem promovido iniciativas conjuntas com entidades como a Refood, Unidos contra o Desperdício e a WWF, defendendo que a questão do desperdício alimentar seja uma prioridade política.

Para Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go Portugal, este acordo é um “passo histórico”, mas sublinha a necessidade de ações concretas para garantir a sua eficácia. “A adoção de metas vinculativas é apenas o começo – precisamos de transformar este compromisso em ação real para gerar impacto a longo prazo.”

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