Um Guia para as PME na Guerra pelo Talento

André Ribeiro Pires, COO da Clan, explica como as PME podem conquistar talento num mercado competitivo através de estratégias criativas e de um employer branding autêntico.

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As PME enfrentam o desafio crucial de atrair e reter talento, num mercado fortemente competitivo e sem os recursos das grandes empresas. Neste artigo, André Ribeiro Pires, COO da Clan, defende que a criatividade estratégica e a construção de um employer branding autêntico são fundamentais para transformar limitações financeiras em vantagens competitivas, permitindo às PME destacar-se na guerra pelo talento.

Num mercado de trabalho vorazmente competitivo, as pequenas e médias empresas (PME) enfrentam um desafio que faz toda a diferença entre o sucesso e o insucesso. Como atrair e reter talentos quando não se possui os recursos financeiros das grandes empresas? A falta de notoriedade e a escassez de orçamento colocam muitas vezes estes negócios numa situação de desvantagem na implacável guerra pelo talento. A resposta está na criatividade estratégica.

Na foto: André Ribeiro Pires, COO da Clan

Essa criatividade pode começar precisamente pela construção de um employer branding sólido, uma vez que, para as PME, construir uma marca empregadora forte não é um luxo, mas uma necessidade. É a forma de reservarem para si parte da luz dos holofotes, de atraírem olhares e, fundamentalmente, de chamarem à atenção do talento que busca as melhores oportunidades.

O employer branding das PME deve passar pela definição da sua própria voz, por comunicar a sua cultura, os seus valores e aquilo que oferecem e que uma grande empresa não garante. Por exemplo, não é verdade que um profissional talentoso é mais rapidamente reconhecido numa pequena empresa, onde existem relações profissionais e pessoais próximas entre todos? Não será verdade, também, que as PME, pela sua dimensão, se encontram normalmente muito mais ligadas ao meio social e geográfico que as envolve? É neste tipo de narrativas que as PME devem apostar quando constroem a sua marca de empregador.

Por outro lado, a flexibilidade tão desejada pelos profissionais de hoje pode ser uma arma poderosa nas mãos das PME. A agilidade inerente às suas estruturas permite oferecer modelos de trabalho híbridos, horários flexíveis e desafios e oportunidades de desenvolvimento adaptáveis. Ou seja, vantagens competitivas que muitas vezes superam, aos olhos dos profissionais, os benefícios tendencialmente oferecidos pelas grandes empresas. Também isso, quando se verifica, deve ser um elemento central da sua estratégia de employer branding.

Criatividade para promover o desenvolvimento
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Felizmente, a boa notícia é que a comunicação destas valências não exige orçamentos milionários. As redes sociais, por exemplo, são um palco democrático onde as PME podem brilhar. Conteúdo criativo, que mostre o dia-a-dia da empresa, a paixão dos seus profissionais, as condições que lhes são dadas ou o impacto do seu trabalho, humaniza a marca e pode muito bem ser a ponte que a liga a candidatos que partilham os mesmos valores.

Num mundo cada vez mais digital, o employer branding assume-se como o eixo que liga as empresas ao talento que precisam. As PME não podem abdicar desta ferramenta enquanto mecanismo para serem vistas e desejadas, para atraírem e reterem talento e para inspirarem. Não com dinheiro, mas com autenticidade, criatividade e uma clara compreensão do seu valor único.

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