A 18 de Fevereiro deste ano, e após 18 meses de conversações e negociações, foi finalmente assinado entre a União Africana (UA) e a União Europeia (UE) um acordo que contempla um plano ambicioso de investimentos para África, no valor de 150 Mil Milhões de euros para um período de 7 anos.
Sendo este o “primeiro” plano regional, no quadro da nova estratégia de investimento da UE em resposta à ‘Nova Rota da Seda’, que a China tem desde há muitos anos em curso à escala mundial.
Estão contemplados uma série de projetos relacionados ao “hidrogénio verde e a eletrificação”, à “valorização dos recursos naturais”, “conectividade digital”, “criação de corredores de transportes estratégicos” e ao investimento na “Educação, na formação profissional e apoio ao empreendedorismo”
Foi também tido em conta a questão do desenvolvimento dos sistemas de saúde, deficitários de pessoal e equipamento especializado, justificados pela atual crise sanitária e pela falta de vacinação na grande maioria dos países africanos.
Pena foi, que a Agricultura não tenha também sido contemplada neste acordo, sabendo que esta área é fundamental e que a mesma representa, para a grande maioria destes Estados, um enorme esforço nos seus orçamentos anuais, pelo facto de terem que se submeter à importação de produtos agrícolas e outros de primeira necessidade que poderiam ser produzidos localmente.
Assim sendo e tratando-se do continente considerado como o ‘Berço da Humanidade’, já era tempo das instâncias internacionais se debruçarem sobre as reais dificuldades da falta de desenvolvimento nas áreas que este acordo contempla.
Africa merece todo o nosso respeito e, por direito próprio, deve doravante ser considerada como o Continente do Futuro. A nossa obrigação, enquanto europeus, é de retribuir tudo o que nos ofereceu e oferece.
Felicito os irmão africanos e a União Europeia por este ato de coragem de retribuir ao continente africano e ao seu povo o que lhes é devido por direito próprio. Como diz o ditado “Mais vale tarde do que nunca”.
