Vendas do retalho crescem 5,2% no último ano fiscal

Foto de Tara Clark no Unsplash

As receitas das 250 maiores empresas de retalho do mundo atingiram os 5 biliões de dólares, em 2020, representando um crescimento de 5,2%. O ranking mundial continua a ser liderado pela Walmart e, pela primeira vez, um retalhista chinês entrou no Top 10 do ranking global, elaborado pela Deloitte. Em Portugal, a Jerónimo Martins é a empresa retalhista mais bem posicionada, ocupando a 49ª posição no ranking mundial, e a Sonae escala 14 lugares, subindo para o 144º lugar.

As 250 maiores empresas mundiais de retalho geraram um total de receitas agregadas de 5,11 biliões de dólares no ano fiscal de 2020 (exercícios fiscais encerrados em 30 de junho de 2021), o que representa um crescimento de 5,2%, segundo o estudo Global Powers of Retailing 2022 da Deloitte.

O Top 3 é novamente composto por três multinacionais norte-americanas, com o ranking mundial continuando a ser liderado pela Walmart, seguido da Amazon e da Costco Wholesale Corporation. Além destas há mais cinco empresas norte-americanas no Top 10 e, pela primeira vez, entrou um retalhista chinês (JD) no grupo dos dez maiores retalhistas mundiais.

Segundo o estudo anual do Global Powers of Retailing da Deloitte, os 10 maiores retalhistas mundiais detêm 34,6% da receita total do Top 250, em comparação com os 32,7% alcançados no ano anterior.

O Top 250 inclui ainda duas empresas portuguesas, com a Jerónimo Martins a ocupar 49ª posição a nível mundial, subindo um lugar na tabela, comparativamente ao ano anterior. Por seu turno, a Sonae subiu 14 posições e ocupa agora o 144º lugar do Top 250 do ranking da Deloitte.

A Jerónimo Martins está presente em três países, com as marcas Pingo Doce e Recheio em Portugal; Biedronka e Hebe na Polónia; e Ara na Colômbia. No conjunto, o grupo registou um crescimento de 3.5%, com receitas consolidadas de 20,860 mil milhões de dólares.

Já a Sonae, atingiu receitas consolidadas de 7,6 mil milhões de dólares no retalho, o que correspondeu a um aumento de 7.6%. A empresa portuguesa gere um portefólio diversificado de negócios nas áreas do retalho, serviços financeiros, tecnologia, centros comerciais e telecomunicações, com presença em mais de 60 países. Para este estudo foi avaliado apenas o negócio de retalho, abrangendo marcas como Continente, Worten, Wells ou Zippy.

Consumidores focados na sustentabilidade

O maior setor de produtos continua a ser o de bens de consumo rápido (produtos vendidos rapidamente e com custo relativamente baixo), que representa 66,4% da receita de retalho das 250 maiores empresas.

O estudo Global Powers of Retailing da Deloitte revela ainda que, com 55% dos consumidores a afirmarem comprar produtos ou serviços sustentáveis, os retalhistas estão a ajustar as suas cadeias de abastecimento em prol das tendências de crescimento sustentável e consumo responsável. A maioria dos retalhistas no Top 250 demonstra ter delineado compromissos ESG e feito esforços na promoção de métricas nesta área.

Para responder às preocupações dos clientes, como millennials e geração Z, os retalhistas colocam no centro das suas estratégias de negócio a sustentabilidade das suas marcas e dos seus produtos. João Paulo Domingos, Partner e líder do setor de Consumer da Deloitte, explica que “apesar de 2021 ter sido um ano muito desafiante devido ao aumento da inflação, à escassez de mão-de-obra e às interrupções causadas pela pandemia na cadeia de abastecimento, o setor do retalho está numa trajetória de crescimento, com os principais players a conseguirem responder aos desafios mais exigentes que estes novos tempos impõem”.

O estudo Global Powers of Retailing é uma pesquisa realizada pela Deloitte que anualmente identifica os 250 maiores retalhistas do mundo e analisa o desempenho obtido pelo setor, ao nível do volume de negócios, crescimento e rentabilidade nas várias geografias, segmentos de atividade e formatos de loja.

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