Veronica Orvalho: “O metaverso é uma ferramenta com imenso potencial”

Veronica Orvalho /Didimo

A tecnologia Web3 e o metaverso continuam a evoluir rapidamente e as empresas procuram entendê-los e desenhar a sua estratégia para proporcionar novas experiências aos seus clientes e consumidores. Neste artigo, Veronica Orvalho destaca cinco tendências que vão marcar a transição para o Metaverso, para os quais as empresas devem estar atentas.

Nos últimos anos, o metaverso demonstrou ser crucial para as marcas, constituindo-se como um veículo essencial para estabelecer relações autênticas com clientes. De acordo com a BCG, o mercado disponibilizado por esta tecnologia deverá alcançar os 1,3 biliões de dólares em 2030. Com este potencial, desenvolver uma estratégia para o metaverso revela-se essencial para as empresas que pretendem alcançar uma posição de liderança sobretudo junto das faixas etárias mais jovens.

“O metaverso é uma ferramenta com imenso potencial para as marcas, que foi altamente requisitada no último ano. Um crescimento que vai acelerar ainda mais em 2023 e veremos, no final do ano, o impacto incrível que este terá na nossa sociedade ou na sua paralela digital”, destaca Veronica Orvalho, fundadora e CEO da  Didimo.

No seguimento desta rápida evolução, Veronica Orvalho adianta, para os leitores do Empreendedor, as 5 tendências que vão marcar esta tecnologia imersiva:

1. “Future of work”: com a capacidade de recriar ambientes, tais como um escritório, um estúdio de design ou uma formação imersiva, o metaverso é uma nova forma de executar trabalho. Em 2023, espera-se que haja um foco na experimentação de novas metodologias de trabalho, tais como desenho colaborativo remoto e a formação técnica de imersão transcultural. O trabalho remoto continuará a ser uma opção para algumas empresas e as experiências computacionais imersivas terão um grande papel na satisfação dos empregados.

2. Nova regulamentação: primeiramente, o metaverso é utilizado como um espaço dedicado à interação e socialização. Porém, à medida que as marcas continuam a desenvolver serviços através de tecnologia imersiva como a Web3, é expectável que haja um investimento em características de segurança, bem como uma maior regulamentação. Confiança e autenticidade serão a chave para empresas que queiram conduzir experiências com integridade, segurança e confiança.

Gémeo digital produzido a partir de uma fotografia (foto de Didimo)

3. Experiência imersiva de gaming: o crescimento do setor dos videojogos e a aderência das empresas a experiências imersivas estão cada vez mais relacionados. A expectativa é que os consumidores ganhem uma crescente preferência por novas formas de interagir, seja num jogo ou numa loja online. Tal como a Netflix alterou as expectativas de visualização de vídeo e a Amazon a forma como fazemos compras online, as experiências imersivas e personalizadas no metaverso irão impulsionar a procura dos consumidores por experiências mais envolventes e pessoais em todas as plataformas.

4. Realidade aumentada: 2023 será um ano de experimentação de novas tecnologias que consigam fornecer aos consumidores uma experiência imersiva. Uma delas, que será essencial é a realidade aumentada, que vem acrescentar uma nova dimensão com possibilidades infinitas ao nosso dia-a-dia. Ademais, a simulação de projeções e ecrãs táteis irão complementar esta ferramenta que deverá crescer além dos capacetes necessários para desfrutar de realidade aumentada.

5. Humanos digitais: atualmente, uma grande parte dos consumidores está familiarizada com o conceito de avatares, maioritariamente devido às redes sociais ou a videojogos. Este ano, veremos um aumento exponencial do interesse na representação humana na Web3 e no metaverso. Neste contexto, surgirá a procura por um “gémeo digital”, ou seja: uma imagem digital perfeita do utilizador, para manter a semelhança à realidade. Deste modo, iremos assistir a uma adoção em massa de plataformas que forneçam esta ferramenta com a maior qualidade possível, com o objetivo de dinamizar uma experiência imersiva e realista nestes ambientes digitais.

Esta é uma tecnologia que a  Didimo tem estado a desenvolver, e que oferece a possibilidade de criar um gémeo digital a partir de uma fotografia, em apenas 60 segundos. Os gémeos digitais podem ser integrados em soluções de software centradas nos consumidores no metaverso. “Na Didimo faremos o nosso papel ao abrir as portas a esta dimensão e apoiar as empresas na sua integração, reforçando a ligação com os seus clientes e consumidores”, assegura Veronica Orvalho. Entre os clientes da startup portuguesa estão empresas nos setores de gaming, moda, comunicação e realidade virtual.

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