PitchBook e Web Summit apresentaram os resultados do 8º Inquérito Anual a Investidores de Risco. A pesquisa foi realizada pela PitchBook, uma das principais fornecedoras de dados para os mercados de ações, em colaboração com a Web Summit e inquiriu 111 investidores globais de capital de risco (VC) presentes na conferência. O inquérito lança luz sobre os sentimentos dos investidores em relação às tecnologias emergentes, mudanças nas estratégias de investimento e a representação das mulheres no Venture Capital (VC).
De acordo com o estudo, 62,2% dos investidores acreditam que a inteligência artificial e a machine learning (IA/ML) possuem o maior potencial de disrupção entre as tecnologias emergentes, marcando um aumento significativo em relação aos 29% do ano anterior. 30% dos investidores disseram usar ativamente a IA para avaliar oportunidades de investimento.
Eventos Geopolíticos Condicionam Estratégias de Investimento
28,9% dos investidores acreditam que eventos geopolíticos afetam as suas estratégias de investimento, uma queda significativa em relação aos 79% do ano passado, todavia a maioria (71,1%) vê pouco ou nenhum impacto do aumento das taxas de juros nas suas estratégias de investimento. Mais relevantes são as considerações sobre Impacto Ambiental, sendo que 63,1% afirma que não investiriam em oportunidades com impactos ambientais negativos.
O potencial de disrupção (36%) e experiência da equipa executiva (34,2%) são os principais critérios ao avaliar uma oportunidade de investimento em tecnologia. Esta posição marca uma mudança em relação aos anos anteriores, onde o “pedigree” da equipa executiva liderava.
Já quanto ao papel das mulheres, as posições são ambivalentes, uma vez que apenas 43,2% relataram um aumento da representação feminina nas suas empresas e empresas do seu portfólio, com uma diminuição de mulheres em cargos de gestão sénior de 75% para 66,7% no último ano.
Todavia, a maioria dos inquiridos destacou o seu foco em empresas com cargos de liderança femininos quando se trata de decisões de investimento. 58,6% dos inquiridos relataram que pelo menos 25% de seus investimentos nos últimos 18 meses foram em startups lideradas por mulheres. Também o número de investidores que relataram não ter nenhum investimento em fundadoras do sexo feminino diminuiu para 26,1% em comparação com 33,3% há cinco meses.