Projeto português para democratizar o acesso a dados de observação da Terra

Equipa SpaceWay vencedora da edição portuguesa do concurso ActInSpace
Foto: Instituto Pedro Nunes

A mais importante competição de aplicações espaciais – o ActInSpace – decorreu em simultâneo em 70 cidades de todo o mundo. Nesta iniciativa que pela primeira vez decorreu também em Portugal, os participantes tiveram 24 horas para desenvolver soluções inovadoras que melhorem a vida na Terra. A equipa vencedora da edição portuguesa vai agora disputar o primeiro lugar na final internacional em Toulouse, França.

ActInSpace atraiu ao Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, cerca de 50 estudantes e empreendedores que tiveram 24 horas para responder aos mais de 80 desafios propostos pela organização para desenvolver soluções inovadoras para negócios que utilizem os serviços de satélite ou tecnologia espacial. Esta competição é uma iniciativa coordenada pela Agência Espacial Francesa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Airbus.

Um júri constituído por representantes do Centro de Incubação da ESA em Portugal, da StartUp Portugal e do Gabinete do Espaço da Fundação para a Ciência e Tecnologia atribuiu o primeiro prémio à equipa SpaceWay, que desenvolveu a ideia de uma plataforma de disponibilização de dados de satélite 24 horas, recorrendo a uma constelação de microssatélites, democratizando o acesso aos dados observação da Terra para startups e PMEs. A equipa nacional vencedora vai agora disputar o primeiro lugar na final internacional que vai decorrer no Toulouse Space Show 2018, o maior evento europeu associado ao Espaço, a realizar-se a 27 de junho, em Toulouse, França.

Das outras 13 equipas presentes, as ideias propostas foram tão diversas como melhorar a qualidade de vida da população do Burkina Faso, detetar depressão com recursos a pulseiras inteligentes, aplicativos de monitorização de zonas de contenção para incêndios florestais, mineração de asteroides, produção de isótopos na Lua para tratamentos médicos ou ainda a otimização de aquacultura com recurso a imagens de satélite.

O vencedor internacional ganha um voo parabólico a bordo da famosa aeronave Airbus Zero-G, para experimentar a sensação de gravidade zero, e as equipas com ideias mais promissoras vão receber apoio dos Centros de Incubação da ESA para que possam acelerar os seus projetos.

O ActInSpace decorreu em simultâneo em cerca de 70 cidades de 40 países de todo o mundo e tem como objetivo fomentar a criação de startups que utilizem tecnologias espaciais para desenvolver produtos ou serviços que melhorem a vida na Terra.

ESA incentiva empresas a usar tecnologia espacial na Terra

O investimento da ESA em empresas jovens tem resultado em milhares de novos empregos e economias locais impulsionadas. Através dos seus centros de incubação empresarial, a ESA já apoiou mais de 500 startups ao disponibilizar o seu conhecimento e tecnologia para uso fora do setor espacial.

O Centro de Incubação da ESA em Portugal é coordenado pelo Instituto Pedro Nunes. Nesta estrutura são apoiadas startups que transfiram tecnologia espacial para setores terrestres, mas também novas empresas que pretendam entrar no mercado espacial comercial, na chamada New Space.

O ESA BIC Portugal é um programa enquadrado no projeto financiado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

 

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